Em reunião realizada nesta terça-feira (12/12), os deputados membros da Comissão de Educação e Cultura ouviram o diretor da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), Valdeir Fagundes de Queiroz, que prestou esclarecimentos sobre a gestão da entidade. O diretor afirmou que o principal problema da faculdade é o direcionamento do orçamento para as fundações. A Fanema é uma autarquia e desde 1994 é administrada pela Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília e pela Fundação de Apoio a Faculdade de Medicina de Marília (Famar), que detém os recursos financeiros. "Há processos contra a instituição porque existem funcionários que não são da autarquia e, dessa forma, o dinheiro realmente fica insuficiente", explicou. Queiroz informou ainda que os recursos repassados pelo Estado vão para as fundações pagarem os salários. "Esse é o nosso grande problema", descreveu. O convite aprovado na comissão foi de autoria do deputado Carlos Giannazi (PSOL). "Nós acompanhamos as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público direcionadas à fundação que gere a faculdade. Ela foi acusada de peculato e formação de quadrilha, direcionamento de licitações e de contratação de clínicas particulares dos próprios diretores", afirmou. Giannazi também citou alguns problemas da infraestrutura. "Falta material didático, as instalações são precárias e apenas 60 bolsas auxílio no valor de R$ 330 reais são disponibilizadas", disse. Últimos indicados ao Prêmio Inezita Barroso A comissão aprovou a indicação dos dois últimos concorrentes ao prêmio Inezita Barroso, que participarão da segunda edição da homenagem oferecida pela Assembleia. O prêmio prestigia as personalidades que se destacaram na contribuição à música caipira e popular no Estado. O deputado Marcos Martins (PT), autor da resolução 910/2016 que instituiu o prêmio, afirmou que não há como aumentar o número de participantes indicados pela comissão. "Eu gostaria que todos que foram apresentados fossem contemplados, mas o texto da lei fala em dez proposições", disse. A votação ocorreu nominalmente, de forma que os membros aprovaram a Companhia Cênica de São José do Rio Preto, indicada pelo deputado João Paulo Rillo (PT) e a Orquestra Penapolense de Música Raiz, proposta pelo deputado Itamar Borges (PMDB), ambos com quatro votos cada uma. A reunião foi presidida pela deputa Beth Sahão (PT) e contou com a presença dos deputados Marcos Martins e Luiz Turco (ambos do PT), Itamar Borges (PMDB), Davi Zaia (PPS), Cezinha de Madureira (DEM), Gilmaci Santos (PRB), Leci Brandão (PCdoB), Carlos Giannazi (PSOL), Rita Passos (PSD), Welson Gasparini, Marco Vinholi e Carlão Pignatari (todos do PSDB).