O deputado Carlos Giannazi apresentará à Assembleia Legislativa projeto de lei tornando patrimônio imaterial do Estado de São Paulo o projeto pedagógico desenvolvido nos anos de atuação da Nova Escola. O anúncio da propositura aconteceu ao final da audiência pública realizada no último dia 7/12, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos, que reuniu por uma última vez alunos, pais, professores e funcionários. A luta da comunidade prorrogou por um ano o funcionamento da Nova Escola, mas não foi suficiente para dissuadir a mantenedora " que possui imunidade tributária como instituição de interesse público " de vender por R$ 50 milhões o imóvel na Vila Mascote que havia sido adquirido por R$ 8 milhões. O tom da audiência foi de lamento, quase luto. Mais uma vez um grupo de educadores excepcionais, pais engajados e alunos participativos viram o sonho de um projeto sócio-pedagógico inovador e libertador ser engolido por interesses privados, ainda que ocultos sob a roupagem da beneficência. Uma última ação foi solicitada pela comunidade escolar: o encaminhamento do conteúdo da reunião aos órgãos fiscais da União, do Estado do município para que verifiquem se os regramentos tributários que favorecem a associação estão sendo cumpridos. "Não é uma questão de vingança, é uma questão de fazer justiça para que eles não continuem com esse comportamento", assegurou a ex-professora Mavie Ramunno.