Alunos e docentes da Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp) Tom Jobim realizaram nesta quarta-feira, 13/12, uma audiência pública para fazer frente aos cortes realizados na área da cultura em 2017 e que levaram ao fechamento da Banda Sinfônica e à demissão de dezenas de músicos da Orquestra Jazz Sinfônica e da Orquestra do Theatro São Pedro. Eles temem estar na lista do ajuste fiscal de Alckmin para o próximo ano, por isso buscam garantir no Orçamento de 2018 os recursos necessários para o funcionamento da escola.

O evento na Assembleia Legislativa, que intercalou depoimentos e apresentações musicais, foi uma iniciativa de Carlos Giannazi , apoiador constante de todos os movimentos nas áreas de educação, cultura e defesa dos servidores públicos. Também participaram dos trabalhos os deputados Raul Marcelo , Leci Brandão , Luiz Carlos Gondim e Marco Vinholi , este último convidado por Giannazi por ser o relator do Orçamento Estadual para 2018. "É ele que tem a chave do cofre", brincou.

Segundo alertou o deputado do PSOL, além das orquestras, várias oficinas culturais foram extintas no ano passado. "Até mesmo o conservatório de Tatuí em está em situação muito difícil por causa do corte orçamentário". A intenção do parlamentar é conseguir o apoio necessário para a aprovação da Emenda nº 78, que destina R$ 35 milhões à escola que já atendeu a 8 mil alunos em duas unidades, mas hoje tem atuação limitada aos 1,3 mil estudantes que frequentam sua sede, no bairro da Luz.

Pela proposta orçamentária enviada pelo Executivo à Assembleia, a escola não possui dotação própria. "Há um risco evidente de quebra da continuidade dos projetos e programas realizados pela Emesp Tom Jobim, e neste momento precisamos garantir a continuidade nos investimentos em cultura", finalizou Giannazi.