As 71 demissões de professores da Rede Metodista de Educação ocorridas neste mês parecem ter seguido dois critérios: um econômico (maiores salários) e um político " perseguição de representantes de entidades e órgãos acadêmicos ou de participantes de assembleias do Sindicato dos Professores do ABC (Sinpro-ABC) e da Associação dos Docentes do Instituto Metodista de Ensino Superior. A denúncia foi levada à Alesp em 20/12, em audiência pública solicitada pelo deputado Carlos Giannazi. O deputado alertou que a precarização do magistério cresce em todo o ensino superior, principalmente nas universidades privadas, que buscam aumentar suas margens de lucro à custa de queda na qualidade de ensino. Assim, demitem professores com maior titulação e utilizam ao máximo os recursos de Ensino a Distância, mesmo em cursos presenciais. Giannazi destacou que a onda de demissões em faculdades já reflete a reforma trabalhista e a Lei da Terceirização. "Estão demitindo para depois contratar outros, em sistema precarizado." Segundo o presidente do Sinpro-ABC José Jorge Maggio e a professora Cristiane Gandolfi, demitida por integrar a diretoria do sindicato, a luta agora é pela reversão das demissões. Giannazi comprometeu-se a levar o caso à Comissão de Educação da Alesp e a acionar as comissões da Câmara e do Senado, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União.