O deputado Carlos Giannazi protocolou um pedido de providências junto ao Ministério Público Estadual, na última sexta-feira (19/1), solicitando que se apure a omissão do Poder Público em relação ao atual surto de febre amarela. No documento, o deputado destaca que houve negligência do Estado nas estratégias de prevenção e de proteção da população.

Os primeiros casos de febre amarela em primatas foram registrados em julho de 2016, a maior parte na região de Campinas. Em humanos, as mortes começaram a ocorrer em 2017. Dos 27 casos notificados naquele ano, houve 12 óbitos. Nas primeiras semanas de 2018 são ao menos 11 mortes, 196 casos suspeitos e 69 confirmados.

Decorrido mais de um ano para que o Estado se preparasse para um surto da doença, a Secretaria da Saúde ainda se encontra desorganizada, incapaz de realizar uma campanha de vacinação que garanta a saúde da população paulista. "Os cidadãos enfrentam filas imensas nos postos e UBSs ou se deslocam justamente às áreas de risco em busca de uma dose da vacina", ressaltou Giannazi.

O deputado alertou que boa parte do problema deve-se à falta de transparência do governo do Estado, que omite informações sobre o avanço da doença. Até a última semana, o secretário David Uip negava a existência de um surto no Estado.