De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 20% dos pacientes diabéticos são hospitalizados devido a problemas nos pés. Um projeto de lei sobre o tema está sendo discutido na Assembleia Legislativa de São Paulo, criando o Programa Estadual de Saúde do Pé Diabético. O objetivo é contribuir para a diminuição de amputações de membros inferiores de pacientes com a doença. Ainda segundo a OMS, no mundo inteiro, entre 5 e 15% dos pacientes com pé diabético sofrem amputações, e mais de 50% das amputações não traumáticas dos membros inferiores acontecem em pacientes diabéticos. Segundo o autor do Projeto de Lei 16/2016, deputado Luiz Carlos Gondim (SD), o pé diabético é uma denominação genérica para diversos tipos de lesões que o paciente diabético pode apresentar em seus pés, em consequência da associação da doença com vasculites periféricas, neuropatias, deformações ortopédicas, infecções ou traumatismos. No Brasil, ocorrem anualmente cerca de 55 mil amputações decorrentes do diabetes. Gondim afirmou que a falta de campanhas educativas sobre o tema contribui para esses números. Para ele, a doença deve ser reconhecida e tratada de maneira apropriada. "Devem ser empregados todos os esforços no sentido de prevenir as complicações e reabilitar os pacientes. Além disso, as atividades preventivas do programa reduzirão os gastos diretos e indiretos decorrentes da amputação", explicou o deputado. As atividades propostas para o programa incluem campanhas educativas, esclarecendo e ensinando como prevenir complicações relacionadas a lesões e a importância dos cuidados com os pés, bem como disponibilização de medicamentos destinados para o tratamento de feridas e úlceras. Os hospitais da rede estadual e clínicas conveniadas oferecerão aos pacientes diabéticos serviços de podologia com finalidade terapêutica, em datas e horários pré-agendados. O projeto já recebeu parecer favorável das comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Saúde e aguarda votação na Finanças, Orçamento e Planejamento.