Os deputados da Comissão de Saúde da Alesp reuniram-se na última terça-feira (20/2) para ouvir o secretário estadual de Saúde David Uip sobre o desenvolvimento de ações da pasta no 3º quadrimestre de 2017. Sobre a vigilância contra a febre amarela, Uip relatou que medidas de enfrentamento à epidemia foram adotadas, dentre elas, a vigilância de macacos, a caça de mosquitos e a aplicação de vacinas. Apesar dos trabalhos para imunizar a população, o secretário esclareceu que muitas pessoas optam por não tomar a vacina. "Isso ocorre porque as pessoas têm receio dos efeitos adversos, acham que a fracionada é menos eficaz e acreditam em campanhas de desmotivação", disse. Ele explicou que a vacina fracionada é semelhante à integral. "Ela contém a quantidade de anticorpos suficiente para proteger o indivíduo por oito anos. Na Angola e na República do Congo a vacina fracionada já foi usada e tem eficácia", disse. Apesar disso, afirmou que três milhões de pessoas já foram imunizadas. Na ocasião, o secretário também destacou dois programas que obtiveram resultados positivos no ano passado. O programa Mulheres de Peito, que realizou 15 mil exames de mamografia por meio da atuação de diversas carretas, e o programa Filho que Ama Leva o Pai ao AME, que promove a prevenção do câncer de próstata e de problemas cardiovasculares. Além disso, o secretário disse que será realizado um mutirão da catarata. "Serão seis mil cirurgias neste ano. Pretendemos zerar a fila de espera", ressaltou. Segundo ele, em meio às dificuldades foi possível criar soluções. "Todas as obras em andamento (ambulatórios e outras) serão entregues até o final deste ano. Além disso, inauguraremos hospitais nas regiões de Suzano, Registro e Piracicaba, entre outras." Sobre as emendas parlamentares na área da saúde, ele citou que 732 foram realizadas de outubro a dezembro de 2017. Em 2018 já foram 1.977 emendas publicadas no sistema. Questionado pelo deputado Raul Marcelo (PSOL) a respeito da ausência de médicos no Hospital de Sorocaba, o secretário informou que o caso foi encaminhado à Procuradoria Geral do Estado. Ao final da reunião, o deputado Marcos Martins (PT) encaminhou um documento com perguntas ao secretário. Além dos citados, estiveram presentes o presidente da comissão, Cezinha de Madureira (DEM), e os deputados Analice Fernandes, Hélio Nishimoto, Marco Vinholi, Maria Lucia Amary e Pedro Tobias (PSDB), Carlos Neder (PT), Doutor Ulysses e Roberto Tripoli (PV), Gilmar Gimenes (sem partido), Itamar Borges (PMDB) e Sebastião Santos (PRB).