Profissionais da área de saúde, médicos, cientistas e estudantes marcaram presença no Congresso de Terapia Celular, realizado na última sexta-feira (2/3), na Assembleia Legislativa. Nas palestras foi debatido o uso de células-tronco para a realização de terapia em doenças, produzindo efeitos de regeneração ao indivíduo. Segundo o deputado Cássio Navarro (PMDB), que solicitou o evento, o tema é de grande relevância para a população, já que se tratam de novas técnicas para o tratamento de doenças. "É uma modalidade nova. Deve haver muita atenção e muito estudo para tornar-se uma realidade", disse. O congresso abordou a regulamentação da terapia celular pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o gerente de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos da instituição, João Batista da Silva Júnior, a Anvisa publicará uma resolução sobre o desenvolvimento de novos recursos terapêuticos a partir de células humanas. "A mudança tem o objetivo de fornecer um ambiente regulatório às pesquisas que já estão em desenvolvimento no Brasil e em outros países. Aqui já temos normas fortes para a terapia convencional, com medula óssea e cordão umbilical", explicou. Para Éder Zucconi, diretor científico da StemCorp, banco privado de armazenamento de células-tronco, falta regulamentação para replicar a tecnologia que está sendo feita fora do país. "Estamos bastante confiantes, e teremos uma discussão agora com um dos envolvidos na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa", declarou. A terapia celular é um tema recorrente de estudos científicos em todo o mundo e compreende a utilização de células com objetivos terapêuticos. Essas células podem ser usadas das mais diferentes maneiras, com o objetivo de promover algum efeito benéfico regenerativo ou protetor.