O deputado Carlos Giannazi recebeu, na última terça-feira (6/3), representantes da comunidade da EE Érico de Abreu Sodré, uma escola de tempo integral (ETI) no bairro da Saúde que atende 450 alunos do ensino fundamental. Eles relataram que o funcionamento da escola está seriamente comprometido porque há um único funcionário do quadro de apoio, enquanto o módulo previsto seria de seis profissionais. "Venho denunciando há anos a farsa das escolas de tempo integral mantidas pelo governo Alckmin, que são verdadeiros depósitos de crianças e adolescentes", afirmou o parlamentar. O parlamentar afirmou que a implantação do modelo exclui de imediato dois terços dos estudantes, que terão de frequentar unidades distantes de suas casas. Isso porque a escola passa a atuar em um único turno, encerrando a atividade noturna e também as turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). "Ainda mais grave é a falta de recursos para as atividades extraclasse e para uma merenda adequada. Não há material, oficinas, laboratórios e nem servidores." Além disso, o líder do PSOL afirmou que a Secretaria de Educação não respeita a gestão democrática das escolas e tenta "empurrar" o modelo contra a vontade da comunidade. "A intenção é promover o fechamento de escolas, salas e turnos", disse.