O deputado Carlos Giannazi acompanhou, na última quinta-feira (15/3), audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo para discussão do Sampaprev, projeto que eleva a contribuição previdenciária de 11% para até 19%, atingindo funcionários ativos e aposentados. Na ocasião, representantes dos servidores reclamaram da falta de diálogo com o funcionalismo para a elaboração do projeto, que se baseia em projeções contábeis tomadas a partir de premissas falsas. Outro argumento apresentado pelos sindicalistas é o de que o funcionalismo não pode ser responsabilizado pelos desvios já havidos nos cofres do Instituto de Previdência Municipal (Iprem). Além do aumento das alíquotas de contribuição, o PL traz diversos problemas, como a securitização da dívida, que é um cheque em branco para uma futura privatização. Depois de sua participação na audiência, Giannazi falou aos milhares de servidores que bloquearam as ruas em frente à Câmara Municipal: "Esse projeto é um confisco salarial que eleva de uma forma absurda o desconto em folha de pagamento. Nem mesmo o Estado do Rio de Janeiro, que está falido, elevou para 19% a contribuição previdenciária". Ao final da tarde, os manifestantes dirigiram-se à avenida Paulista, onde juntariam-se ao protesto contra a morte da vereadora carioca Marielle Franco, assassinada na véspera.