Comissão debate financiamento público para tratamento de doença rara


20/03/2018 15:27 | Leonardo Battani - Fotos: Marco Antonio Cardelino

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Comissão de Saúde<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219310.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Neder, Marcos Martins e Milton Vieira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219312.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Doutor Ulysses Tassinari, Roberto Massafera e Hélio Nishimoto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219315.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Comissão de Saúde	<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219316.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cezinha de Madureira presidiu a comissão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219318.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Luiz Kaiser Júnior<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219320.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Roberto Luiz Kaiser Júnior e Cezinha de Madureira	<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2018/fg219326.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O tratamento por células-tronco da doença de Crohn, que provoca inflamação no intestino, foi tema de debate em reunião da Comissão de Saúde na última terça-feira (20/3). Os deputados defendem que o tratamento da doença, que é rara e autoimune, seja feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O médico e condutor da pesquisa com células-tronco Roberto Luiz Kaiser Júnior foi ouvido pela comissão e afirmou que 80% das pessoas com Crohn precisarão de algum procedimento cirúrgico ao longo da vida.

Segundo ele, o tratamento com remédios custa anualmente aos cofres públicos R$ 100 mil por paciente. O transplante realizado por sua equipe, ainda em fase de testes, conseguiu poupar em cinco anos R$ 5 milhões ao Estado. "A maioria dos pacientes seguiu com uma vida normal. Apenas três dos 31 tiveram o retorno da doença, e investigaremos o motivo", contou.

"Como médico, fico e­mo­cionado ao ver os resultados desse tratamento", comentou Doutor Ulysses (PV).

O deputado Hélio Nishimoto (PSDB) pediu para que seja iniciado um diálogo com a Secretaria da Saúde para a inclusão do tratamento no SUS.

O presidente da comissão, Cezinha de Madureira (DEM), propôs que o procedimento, que atualmente é realizado somente em São José do Rio Preto, seja expandido para todo o Estado.

Na doença, o indivíduo produz anticorpos contra o seu próprio organismo, principalmente os intestinos, causando diarreia, cólica, perda de peso e fístulas.

O tratamento proposto pelo médico funciona como uma reprogramação da imunidade. "Removemos do corpo os anticorpos originais, que atuam contra o próprio organismo, e retiramos as células imaturas. Posteriormente injetamos novas células, que formarão um sistema imunitário saudável", explicou.

A doença de Crohn tem incidência de 10 para cada 100 mil habitantes nos Estados Unidos.

Pauta do dia

Na reunião, os deputados deram parecer favorável a três projetos de lei e aprovaram um requerimento, que convida a reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Soubhi Smaili, e o superintentende do Hospital São Paulo, José Roberto Ferraro, a esclarecerem e atualizarem a situação financeira das instituições.

O Hospital São Paulo é um hospital-escola da Unifesp. O convite foi proposto pelo deputado Carlos Neder (PT), com o objetivo de "verificar se houve a destinação e a liberação dos recursos destinados à instituição". Neder esclareceu as dificuldades financeiras pelas quais passou o hospital, que recebeu recursos dos governos federal e estadual e do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf).

Neder também foi relator de uma das propostas com parecer favorável da comissão. O Projeto de Lei 695/2017, de autoria de Gil Lancaster (DEM), obriga os hospi­tais públicos a comunicar os nas­cidos com microcefalia a associações especializadas no desenvolvi­men­to de atividades para esse grupo.

Os parlamentares foram favoráveis a outras duas medidas: o Projeto de Lei 707/2017, que determina às farmácias colocarem cartazes com alertas sobre o uso inconsequente de descongestionantes nasais; e o Projeto de Lei 812/2017, que oferece atendimento diferenciado para pessoas com epilepsia nos hospitais da rede pública e obriga o fornecimento de medicamentos como Lamotrigina, Vigabatrina e Topiramato para esses pacientes.

Além dos citados, estive­ram presentes na reunião os deputados André do Prado (PR), Marco Vinholi e Roberto Massafera (ambos do PSDB), Marcos Martins (PT) e Milton Vieira (PRB).

alesp