Depois de muita pressão de deputados e de entidades representativas do magistério durante a votação do PLC 1/2018 que concedeu ao funcionalismo ínfimo reajuste que sequer recompõe as perdas inflacionárias ocorridas nos últimos quatro anos, o único avanço em relação ao texto-base enviado pelo Poder Executivo foi o reconhecimento de que os diretores de escola e os supervisores de ensino teriam direito ao índice de 7%, tal qual os professores da Secretaria da Educação e do Centro Paula Souza. Os demais servidores tiveram "reajuste" de 3,5% ou 4% (policiais civis e militares). Como nenhuma das emendas ao PLC 1/2018 foi acatada pela base do governo, a situação dos gestores da Educação está sendo tratada em um projeto de lei independente enviado pelo governador, o PLC 8/2018. E foi na apresentação de emenda a essa propositura que o deputado Carlos Giannazi encontrou uma nova frente para tentar impedir a injustiça contra um dos segmentos mais importantes da educação: o quadro de apoio. "Os agentes de organização escolar não podem ficar de fora desse projeto. É ofensa à sua dignidade. Eles recebem um salário-base de apenas de R$ 971,00 e têm uma jornada de trabalho extremamente difícil", afirmou o líder do PSOL. E destacou ainda que a baixa remuneração tem provocado a evasão desses profissionais, o que vem prejudicando muito o funcionamento das escolas.