O deputado Carlos Giannazi participou, no último dia 22/3, de audiência pública realizada no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) para debater a precarização dos serviços prestados pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). A Comissão Consultiva Mista do instituto, que promoveu o evento, apontou como principal causa da crise a falta de contrapartida do governo, que não contribui no financiamento. A autarquia é mantida quase exclusivamente pelos beneficiários, que têm 2% do salário descontados em folha. O superintendente do instituto Latif Abrão Júnior não participou da reunião. Ele é acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público, que ingressou com ação judicial solicitando a indisponibilidade de seus bens até o limite de R$ 405.196.917,14, valor do prejuízo no contrato com a prestadora Qualicorp. "Há um processo de privatização do Iamspe. São ao menos 20 empresas que não se entendem funcionando dentro do HSPE", explicou Giannazi. Uma semana antes, no dia 14/3, Giannazi havia realizado diligência no pronto-socorro e na enfermaria do HSPE. "Esses dois espaços se parecem mais com um acampamento de guerra. São macas e mais macas nos corredores." Para o líder do PSOL, a gestão do instituto deveria ser feita pelos representantes dos servidores, e a Comissão Mista passaria a ter caráter deliberativo.