Em audiência pública realizada na última segunda-feira (2/4) na Alesp, representantes das áreas de assistência social e de direitos humanos manifestaram solidariedade ao padre Júlio Lancellotti. Coordenador da Pastoral do Povo da Rua e pároco da igreja de São Miguel Arcanjo, na Mooca, o padre vem sendo ameaçado de morte por meio de redes sociais, em publicações assinadas por profissionais liberais e comerciantes do bairro. "Sofro há décadas hostilidades e calúnias por conta de meu trabalho, mas as ameaças à minha vida começaram nos últimos dias, depois de a prefeitura ter expulsado com violência um grupo de moradores de rua do Parque da Mooca", disse. Lancellotti afirmou que sua maior preocupação é a exposição da população de rua às ações da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar, instituições que " segundo ele " tratam essas pessoas como se não tivessem direito a nada, nem à própria dignidade. Com a investigação solicitada ao Ministério Público, o padre espera conter a onda de violência e intolerância. "Estamos chegando em um nível de radicalismo em que se perderam os limites. As pessoas desejam e festejam a morte de outras!", alertou. Além do deputado Carlos Giannazi (PSOL), idealizador do evento, participaram do ato Maria Nazaré, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; Paulo Pedrini, coordenador da Pastoral Operária; padre Paulo Bezerra, pároco em Itaquera; Antonio Carlos Ribeiro Fester, da Comissão de Justiça e Paz; Alderon Costa, ouvidor da Defensoria Pública; o professor Plínio de Arruda Sampaio Júnior; a militante Marietta de Azevedo Sampaio e o ex-deputado estadual Adriano Diogo. Com a colaboração da assessoria do deputado Carlos Giannazi