A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e os citados na operação Ethos ouviu o secretário estadual de Justiça e da Defesa da Cidadania Márcio Elias Rosa. A sétima reunião da CPI ocorreu na última quarta-feira (4/4), no plenário Dom Pedro I. A operação, deflagrada em 2016, identificou 54 pessoas que eram membros ou colaboravam com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Dentre elas, estava o ex-vice-presidente do Condepe, Luiz Carlos dos Santos. Márcio Elias Rosa explicou que tem estado com a diretoria do conselho e os membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para falar sobre o funcionamento do órgão. "Solicitei que houvesse uma fiscalização. Também reivindiquei esclarecimentos sobre a concepção da entidade e a pertinência temática." Durante a oitiva, o deputado Coronel Camilo declarou que "o pior problema para os direitos humanos é o próprio crime". Além disso, o parlamentar reforçou que o Condepe é de suma importância, e que deve haver uma análise para evitar que entrem pessoas descomprometidas. Segundo o secretário, "o elemento essencial de controle é a prestação de contas". Além disso, ele concluiu que crimes semelhantes aos que Luiz Carlos cometeu não seriam evitados, pois ele agia "na calada da noite". O subprocurador geral de Políticas Criminais e Institucionais Mário Sarrubbo também havia sido convocado para a reunião, mas não compareceu. Em carta enviada ao presidente da comissão, deputado Coronel Telhada, ele esclareceu que não tem informações sobre a operação. Os parlamentares dispensaram a sua convocação e decidiram convocar Lincoln Gakiya, promotor do Ministério Público Estadual. "Uma das coisas interessantes foi a observação feita pelo deputado Vitor Sapienza, que falou sobre a falta de fiscalização no Condepe. Todo órgão deve ter um controle", afirmou Telhada. Além dos citados, estiveram presentes os deputados Ana do Carmo, Doutor Ulysses, Hélio Nishimoto e Marco Vinholi.