Organização das polícias é debatida na Alesp


26/04/2018 12:34 | Da Redação - Foto: Carol Jacob

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Imagem ilustrativa (Foto: Du Amorim)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg222075.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Beth Sahão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221993.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Alencar Santana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221994.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> David Marques<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221995.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa do seminário <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221998.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Alencar Santana, Elisandro Lotin de Souza, Beth Sahão, Raquel Kobashi Gallinati e David Marques<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221991.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Elisandro Lotin de Souza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221996.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Raquel Kobashi Gallinati<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221997.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2018/fg221999.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Especialistas e integrantes das polícias civil e militar estiveram reunidos para o debate "Segurança pública para quem?", ocorrido no Auditório Teotônio Vilela, na última quinta-feira (26/4).

"Vivemos uma situação complicada, com números muito preocupantes. O Brasil é o campeão de homicídios, matamos mais pessoas do que guerras", disse a deputada Beth Sahão (PT), responsável pelo encontro. Ela destacou que há uma falha na forma como as polícias estão organizadas, como atuam no enfrentamento ao crime e como estão preparadas. "A justiça é morosa, há falta de investimentos e de pessoal. Há casos que levam até 10 anos para serem investigados e solucionados, e tudo isso reforça a impunidade. É uma justiça seletiva, cerca de 67% dos presos são negros e a maioria pobres", disse.

Para Raquel Kobashi, de­legada de polícia e presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, as políticas de segurança pública implementadas não apontam um caminho seguro e eficaz para uma solução. "Esse modelo atrapalhado, equivocado, adotado em São Paulo priorizou somente o patrulhamento militarizado e o empoderamento de outras instituições alheias à segurança. Como esperado, esse modelo falhou. Desde os ataques de 2006, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) dita as regras da criminalidade e a cada ano se fortalece e se expande para países vizinhos", declarou. Além disso, relatou a falta de efetivo policial. "Há um déficit de 12.274 policiais, e em 256 municípios do Estado, 40% das cidades paulistas, não há delegados."

Para Alencar Santana, a segurança pública precisa de investimentos. "Está falida, já que temos a polícia que mais mata e a que mais morre. Há um equívoco grave em achar que a esquerda não gosta da polícia. Queremos uma polícia forte, porém não violenta e que não cometa ilegalidades e abusos", disse.

O pesquisador David Marques, do Fórum de Segurança Pública, declarou que o Brasil gasta em torno de R$ 81 bilhões por ano com segurança pública, muito mais em proporção ao PIB do que os países da União Europeia. "É necessário construir uma go­vernança em torno da segurança pública. Significa articular todos os atores responsáveis e deixar muito claro quais são, para que a sociedade possa cobrar desses atores os resultados devidos frente ao investimento feito", definiu Marques, que defende rever o modelo atual de segurança pública.

Segundo a deputada Beth Sahão, a população deve cobrar um sistema policial ágil, com capacidade, tecnologias novas e um serviço de inteligência bem montado. "Precisamos de uma polícia bem remunerada e de tratamento equilibrado para pobres e ricos. Apresentaremos propostas importantes que poderão ser transformadas em projetos de lei, encaminhamentos e novas audiências e visitas às autoridades competentes. A sociedade também deve fazer parte desse debate", finalizou.

A mesa foi composta pelo presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra) Elisandro Lotin de Souza e pelo delegado Gustavo Mesquita Bueno, além dos citados na reportagem.

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