Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito das Organizações Sociais da Saúde (CPI das OSS) ouviram na quarta-feira (16/5) o coordenador de Recursos Humanos e de Avaliação da Exceção dos Contratos com Organizações Sociais da Secretaria da Saúde, Haino Burmester, sobre gestão de contratos, funcionamento das OSS e apurações de denúncias contra hospitais. Os deputados da CPI questionaram o coordenador sobre como ocorrem a apuração de contratos e resolução de denúncias recebidas. Segundo o deputado Carlos Neder (PT), o convocado não respondeu diretamente às perguntas que foram feitas. "Não é uma questão pessoal, mas estamos observando que há uma separação na Secretaria da Saúde. Ela entende que deve cuidar de serviços próprios, aquilo que é de sua competência direta. Entretanto, os recursos mais importantes são destinados mediante contratos para instituições privadas, que fazem gestão privada com recursos públicos " seja para contratar funcionários sem processo seletivo ou para adquirir equipamentos e materiais de consumo", afirmou. Burmester disse que é complicado falar sobre valores dos contratos com OSS, já que são mais de cem e que podem variar. "Não há porque não ter resposta, mas é preciso entender do que se está falando. Só dizer que há denúncias é muito vago". Para o deputado Cezinha de Madureira (PSD), a responsabilidade não é sempre do secretário ou do diretor. "Os médicos não são obrigados a bater ponto. Temos denúncias de lugares onde médicos deveriam estar trabalhando e não estão nos hospitais, ou até mesmo de estarem trabalhando por quatro dias seguidos." Além dos citados, estiveram presentes os deputados Barros Munhoz (PSB), Cássio Navarro e Marco Vinholi (ambos do PSDB), Davi Zaia (PPS), Edmir Chedid (DEM) e Wellington Moura (PRB).