Atendendo a representações de Carlos Giannazi, o Ministério Público Estadual instaurou inquérito Civil para investigar as denúncias sobre o assédio que o Departamento de Perícias Médicas tem praticado contra os professores readaptados da rede estadual de ensino. Vinculado à Secretaria de Gestão Pública, o órgão está desconsiderando os laudos médicos já emitidos e convocando os professores readaptados para que se submetam a novas perícias, inclusive aqueles professores que já obtiveram laudo definitivo atestando incapacidade permanente. Giannazi explica que um professor readaptado é aquele que adoeceu em serviço e que não tem mais condições de lecionar em sala de aula. Apesar disso, esse profissional continua na escola, onde desenvolve outro tipo de atividade pedagógica que seja compatível com o laudo apresentado pela perícia médica. "Acontece que o Estado, para não ter de contratar novos docentes, está querendo que os professores readaptados voltem para a sala de aula mesmo sem ter as condições para isso". "Essa política iniciada por Alckmin e mantida por Márcio França é uma desumanidade, um verdadeiro ataque à dignidade, à saúde e à vida das professoras e professores, ainda mais quando se tem em vista que a maior parte das doenças foram adquiridas por causa das péssimas condições de trabalho na rede estadual", disse o deputado.