A Assembleia Legislativa foi palco, no sábado (9/6), de audiência pública em defesa da derrubada do veto ao Projeto de Lei 660/2014, que prevê a criação de Centros de Referência de Diagnóstico e Tratamento de Pessoas com Síndrome Pós-Pólio e Doenças Neuromusculares. Segundo o deputado Carlos Giannazi (PSOL), o PL foi uma construção coletiva de pacientes, familiares e profissionais da saúde que atuam nessa área. Seu objetivo é descentralizar os atendimentos prestados na capital do Estado, assegurando a oferta de tratamento adequado mais próximo às residências dos usuários. Para a militante Andréa Silva, iniciativas como o PL 660 não beneficiam apenas um segmento da população. Ao contrário, representam a construção de uma sociedade acolhedora, capaz de garantir a inclusão de todas as pessoas nas diversas fases da vida. Já Maria Izabel Verdura destacou a dificuldade que existe no diagnóstico da síndrome pós-pólio, que se dá por exclusão. Ela explicou que há muitos casos de pessoas que foram infectadas pelo poliovírus sem a ocorrência de sequelas, que só começaram a aparecer décadas mais tarde, com o enfraquecimento muscular de membros, fadiga severa e dores nos músculos e juntas. Célia Corrêa lembrou ainda que a Rede de Reabilitação Lucy Montoro não atende a esse público específico, já que não se trata de lesão medular, e sim de doença neurológica. Para conseguir a derrubada do veto, ela afirmou que o grupo está disposto a repetir a mobilização que levou à aprovação do PL. "Nós batemos de porta em porta, de gabinete em gabinete, e todos os deputados abraçaram a nossa causa". Com a colaboração da assessoria do deputado Carlos Giannazi