A Assembleia Legislativa realizou em 26/6 ato solene em memória do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, que esteve à frente da Arquidiocese de São Paulo entre 1970 e 1998. "Ele sempre lutou em defesa dos direitos humanos e da cidadania, enfrentou a ditadura militar e foi responsável pela formação de toda uma geração", afirmou o deputado Carlos Giannazi (PSOL), autor da iniciativa. Giannazi destacou que sua própria militância política começou nas comunidades eclesiais de base incentivadas pelo frade franciscano e lembrou de seu último encontro com o religioso, quando participou de uma homenagem a ele, em outubro de 2016, na PUC. O vereador Eduardo Suplicy (PT) participou do ato solene e destacou a importância do arcebispo na criação, em 1972, da Comissão Justiça e Paz, instrumento de resistência contra a ditadura que amparou centenas de perseguidos políticos e seus familiares. O economista Plínio de Arruda Sampaio Júnior relatou o alívio que sentiu quando, ao ser transferido com outros 92 universitários do quartel da PM para o Dops, viu que a comissão de Justiça e Paz acompanhava toda a operação. "Naquele momento eu soube que [a prisão] não ia ser fatal. Foi um tremendo conforto." O ato solene na Alesp foi idealizado por Paulo Pedrini, coordenador da Pastoral Operária e um dos curadores da exposição que será realizada de 16/7 a 16/9, no Centro Cultural dos Correios, no Vale do Anhangabaú. São também curadoras Evanize Sydow e Marilda Ferri, autoras da biografia "Dom Paulo, um homem amado e perseguido", e Maria Angela Borsoi, secretária de dom Paulo durante 40 anos. Também prestaram homenagem ao "Cardeal da Esperança" os deputados Raul Marcelo (PSOL) e Luiz Fernando (PT).