Assembleia tem moradora inusitada


12/07/2018 19:26 | Solidariedade | Da Redação

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Cadelinha Nina <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2018/fg226093.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Vitória Frugoli e jazigo de Nêga <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2018/fg226092.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A coleira brilhante com o seu nome e a virada de barriga já denunciam o quão bem a Nina se sente na Assembleia Legislativa de São Paulo. Há dois anos, a cadelinha apareceu no estacionamento da Alesp, quando seu antigo dono, um morador de rua, havia acabado de ser levado pela polícia, deixando-a sozinha.

A funcionária aposentada Vitória Frugoli, que hoje trabalha na Casa como voluntária, disse que foi difícil conquistar a confiança da cachorra. "Foi preciso um biscoitinho daqui e outro dali, aos poucos ela foi se acostumando com as pessoas que trabalham aqui", disse.

Hoje a vira-lata mora próximo ao posto do Detran da Alesp, onde recebe visitas, que se solidarizam para garantir sua comida, água fresca, cama quentinha e carinho. "A Nina nunca fica sozinha, aos fins de semana, por exemplo, os bombeiros fazem plantão e sempre cuidam dela. Ela faz todas as sujeiras na parte de fora, até nesse aspecto ela é educada", disse a aposentada.

Após a adoção de Nina, os funcionários foram surpreendidos quando ela apareceu prenha, e dois meses depois, nasceram oito filhotes. Um deles foi adotado pela estagiária da Alesp Camila de Viveiros. "Ele era o menor da ninhada e tinha acabado de desmamar, todo mundo se apaixonou na hora", declarou. Ao final, todos cãezinhos acabaram sendo adotados pelos funcionários da Casa.

Apelidada de Miss Assembleia, Nina retribui todo esse cuidado participando de rondas pelo prédio e reuniões matinais com os policiais, e tem livre acesso ao palácio. "Ela conhece até o plenário principal da Casa", conta a funcionária.

Ela não é a primeira mascote da Casa. Antes dela, Nêga viveu ali durante 17 anos, e hoje está enterrada no jardim da Alesp com uma placa em sua homenagem: "Eles não falam, mas os teus olhos nos dizem muitas coisas que as vezes gostaríamos de ouvir". "Todos ficamos muito tristes com a morte da Nêga, agora espero que a Nina fique conosco por pelo menos uns vinte anos", disse Frugoli.

alesp