Alesp discute direitos das pessoas com transtorno do espectro autista


13/08/2018 12:45 | autismo,pró-autista | Larissa Seretti - Foto: Agência Alesp

Compartilhar:

Mesa do evento e público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2018/fg226646.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa do evento e público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2018/fg226645.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> 	Mesa do evento e público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2018/fg226647.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2018/fg226648.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Um evento para discutir a luta por melhores formas de tratamento do transtorno do espectro autista (TEA) reuniu especialistas no sábado passado (11/8), na Assembleia Legislativa.

O doutor em educação Lucelmo Lacerda sugeriu uma iniciativa para trazer mais oportunidades de inclusão e tratamento. "Criamos uma comissão ligada à Assembleia e construímos um projeto para o autismo nas fases da infância e adolescência e outro para a fase adulta."

A psicóloga Fernanda Orsati falou sobre as dificuldades para que as famílias consigam apoio integral. "Temos uma política que prevê atendimentos de saúde, educacionais, multidisciplinares, mas isso não acontece. As pessoas têm de ficar lutando para conseguir suporte na sala de aula, no serviço de saúde, e a gente não vê isso acontecendo."

Também compareceu ao encontro a família Brito Sales, cujo filho Nicolas, de 18 anos é autista e somente aos 12 começou a se comunicar. Hoje ele divide suas experiências com outras pessoas. Sua mãe, Anita Brito, explicou que se o filho não receber determinados estímulos, acontece uma regressão. "Entrei no mestrado e dei menos atenção para ele. Percebemos uma falta de evolução e uma involução em alguns pontos", conta.

Já Eliseu Acacio, pai de um autista severo, relata que pela falta de condições, é ainda mais difícil ter acesso ao tratamento. "O autismo tem esse lado social também, existem certos serviços nos quais o autista evolui, mas isso está disponível à classe alta, e nós da classe baixa dependemos do Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, não existem essas intervenções no SUS. Se tivesse, talvez a institucionalização não fosse necessária."

O encontro foi promovido pela Unidos pelo Autismo São Paulo (UPA). A coordenadora estadual do movimento, Adelaide Manfre, explicou: "Somos a união de pais, autistas, ativistas e amigos do autista no Estado de São Paulo. Lutamos pela expansão dos direitos já conquistados aqui para todo o território nacional, sob a coordenação de Mariane Teles. Estamos em busca de políticas públicas de qualidade, para que nossos filhos tenham vida, e vida com abundância".

alesp