Uma audiência pública sobre educação a distância (EaD), convocada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), discutiu questões importantes sobre essa forma de ensino e seus efeitos. No encontro, realizado na segunda-feira (11/2) no plenário José Bonifácio, estiveram presentes convidados de instituições de ensino, sindicatos, docentes e estudantes. As consequências que o método pode ter para alunos e professores foram o principal ponto discutido. Intitulada "EaD - ensino a distância ou distância do ensino?", a audiência foi iniciada com questionamentos sobre a crescente oferta de disciplinas e cursos nessa modalidade pelas faculdades. Segundo Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), há um motivo para esse aumento. "Até o ano passado, 20% da jornada do curso poderia ser feita a distância, mas hoje permitem-se 40%. A partir disso, as instituições têm ignorado aspectos pedagógicos e critérios de avaliação a fim de auferir lucro", declarou. Giannazi abordou como a expansão do EaD afeta os estudantes. "A educação a distância é complementar ao ensino presencial, mas está se tornando o principal método. Isso afeta muito a qualidade da educação oferecida ao aluno, pois estão massificando o processo por meio do EaD. Apesar de os professores serem ótimos, temos uma perda na qualidade de ensino", justificou o deputado. Além dos representantes, estudantes foram convidados a compor a mesa do debate e apresentar suas opiniões sobre o que vem acontecendo nas faculdades. O vereador de São Paulo Celso Giannazi (PSOL) também esteve presente.