A Alesp recebeu na quarta-feira (24/4) a homenagem aos mártires do Genocídio Armênio. O ato solene aconteceu no plenário Franco Montoro. No começo do século 20, o Império Otomano entrava em decadência e começava a se dissolver, perdendo a força que foi a maior do planeta em poderio bélico e tecnologia. No dia 24 de abril de 1915, cerca de 250 intelectuais e líderes comunitários foram executados pelas autoridades otomanas em Constantinopla, iniciando o massacre conhecido como Genocídio Armênio, que vitimou cerca de 1,5 milhão de pessoas durante a Primeira Grande Guerra. O embaixador da Armênia no Brasil, Ashot Galoyan, falou sobre o acontecimento histórico. "O tema genocídio é muito atual ainda. O que aconteceu em 1915 foi o primeiro do século 20, mas neste momento pessoas estão sendo assassinadas por causa de sua fé." O bispo emérito dos armênios católicos da América Latina comentou a homenagem. "Representa uma alegria para nós receber esses pêsames do estado. Até hoje esse genocídio não é reconhecido pelo governo turco. Consideramos uma profunda homenagem." O deputado Agente Federal Danilo Balas (PSL), solicitante da solenidade, comentou sua importância. "O ato solene traz justiça. A memória desses mártires não pode ser apagada. Fatos terríveis e cruéis aconteceram e temos de ter coragem para reconhecer erros históricos", declarou. Além dos citados, estiveram presentes o representante da Igreja Evangélica Armênia Irmãos Armênios, Garo Aharonian; o vice-presidente do Conselho de Presbítero da Igreja Central Evangélica Armênia de São Paulo, Vartan Moumdjian; o bispo emérito dom Vartan Waldir Boghossian; e o primaz da Diocese da Igreja Apostólica Armênia do Brasil, Nareg Berberian.