Propostas de políticas públicas na área de seguridade social voltadas aos doentes de fibromialgia foram discutidas em encontro realizado nesta sexta-feira (17/5) no auditório Franco Montoro por especialistas, autoridades e pacientes. Dentre os temas abordados, esteve o investimento em saúde para diagnóstico e tratamento da doença e a Reforma da Previdência que tramita no Congresso Nacional com o impacto na concessão de aposentadorias e benefícios pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A fibromialgia é uma doença crônica, ainda de origem desconhecida, que causa fortes dores em todo o corpo. Devido a dificuldade em se definir o diagnóstico, não existem dados consolidados da doença no país. Entretanto, a Associação Brasileira dos Fibromiálgicos estima que três por cento da população brasileira sofra com a enfermidade, que atinge, em sua maioria, mulheres de 34 a 57 anos. Para o deputado Thiago Auricchio (PR), organizador do evento, a situação de pessoas nessa condição é muito delicada e merece mais atenção por parte do Poder Público. "As pessoas com essa doença sentem muita dor e não possuem o atendimento adequado em diversos locais", explicou. O parlamentar é autor do Projeto de Lei 426/2019, que garante a prioridade no atendimento à pessoa com fibromialgia nos estabelecimentos públicos e privados em todo o estado. Na prática, a medida permite que pessoas com a doença tenham preferência, por exemplo, nas filas de supermercado. A proposta está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Se aprovada por essa e outras comissões pelas quais deve tramitar, a matéria será levada para votação em Plenário. Também participaram do evento o deputado federal Ricardo Izar (PP), a diretora geral da Associação Brasileira dos Fibromiálgicos, Sandra Santos, o presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, José Provenza e o advogado previdenciário, Gilberto Orsolan.