A Assembleia Legislativa lançou nesta quinta-feira (27/6) uma Frente Parlamentar em apoio a exploração do gás natural. Entre os temas discutidos estava a distribuição e meios de nacionalizar a produção, sem depender da importação. "Nós temos uma das maiores reservas de gás e a gente não está utilizando disso. Hoje nós somos dependentes de importação, mas a partir do momento que tiver uma exploração do gás do pré-sal, nós nos tornaremos independentes", comentou a coordenadora da Frente, deputada Carla Morando (PSDB). A extração nos campos do pré-sal colaborou para a produção de gás crescer quase 60% nos últimos cinco anos, derrubando as importações de Gás Natural Liquefeito para o menor nível desde 2011, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. Segundo o subsecretário da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Gláucio Attorre Penna, eles aguardam condições para que as empresas possam trabalhar com o gás natural. "O que a gente aguarda é propiciar condições para que as empresas e o mercado possam absorver essa oferta", afirmou. O fim da utilização dos combustíveis fósseis - carvão, petróleo e gás natural como fonte de energia - tem feito com que governos, localidades e empresas comecem a adotar medidas visando a crescente substituição dessa forma tradicional de produção energética por outras menos poluentes. Esse será o caso do município de Presidente Prudente, interior do Estado de São Paulo, que será beneficiado com a produção de biometano a partir da vinhaça, resíduo proveniente da destilação fracionada do caldo de cana-de-açúcar, que é capaz de substituir cerca de 30% do consumo de gás natural do Estado. O diretor presidente da Gás Brasiliano, Alex Sandro Gasparetto, diz que a empresa procura atuar como um agente para a gestão de risco e da garantia do suprimento energético de toda essa área de concessão. "Queremos fazer um balanço entre gás natural e biometano que também é um potencial muito grande, muito importante para o Estado de São Paulo". Estiveram presentes também representantes das empresas Comgas, Abegas e Naturgy.