"Quem se cuida, cuida melhor". Esse é o lema do segundo curso de extensão oferecido pela UNACCAM - União Nacional de Combate ao Câncer de Mama realizado nesta segunda-feira (5/8) no Plenário José Bonifácio. O objetivo da ONG é capacitar, treinar e valorizar a ação do voluntário e profissional da saúde como agente do diagnóstico precoce do câncer de mama e outros. O evento contou com o apoio da deputada Janaína Paschoal (PSL) e leva aos alunos da área de saúde e multidisciplinaridades o tema: Saúde Integrada. A presidente da UNACAM, Clarisia Moniz Ramos, falou sobre as diversas áreas de atuação do curso. "A gente entende que é importante a junção do médico e do paciente para levar a saúde complementar aos pacientes. É importante estar mais preparada para o cuidado com o doente, é uma humanização do paciente e de quem o cuida", contou. Para Patrícia Valentini Melo, coordenadora de projetos da instituição, é preciso ver o ser humano como um ser integral. "Não podemos esquecer que somos seres humanos. E o olhamos como um ser integral, em todas as suas dimensões: física, mental, emocional e espiritual. Cuidamos e é preciso cuidar. Esse curso veio para que possamos nos cuidar para poder cuidar do outro", analisou a médica. "Temos de falar sobre saúde e não sobre doença", explicou Roseli Cordon, do Instituto Somos Integrativos, parceiros deste módulo de extensão. Para ela, é preciso ir além do assistencialismo. "Precisamos que todos os profissionais estejam no mesmo caminho e foco. Tudo é integrado: corpo, alma e espiritualidade. A espiritualidade não ligada a religião, mas às energias que nos atacam todo dia, para o bem quanto para o mal. Isso pode inclusive atacar a nossa saúde física". O cirurgião Paulo Amorim acredita que é preciso "entender" o estresse para combatê-lo. "Precisamos lidar com o estresse, por que ele é funcional, é uma motivação que existe dentro da gente para superar o problema. A questão é remoer aquilo e acabamos por ficar em tensão permanente, gerando uma alteração biológica que, a médio e longo prazo, pode virar um câncer, um problema cardíaco", contou. Amorim ainda pontua o que é preciso fazer para melhorar essa situação. "É preciso surfar no estresse e tirar os benefícios dele. Algumas medidas são: ter paciência, saber que tudo é uma fase. Quando você está com câncer você pensa que morreu e não é assim. Cada fase é uma fase de trabalho. Você pode fazer relaxamento, alguma atividade que fazia antes. Também é preciso fazer outras atividades como dançar, cantar, se alimentar bem, fazer exercício", finalizou. O Câncer de Mama no Brasil Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%. O câncer de mama não tem somente uma causa, porém a idade é um dos principais fatores de risco para a doença. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Assim, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Essa recomendação segue orientação da Organização Mundial da Saúde, a OMS. O SUS também oferece exame de mamografia para todas as idades, conforme indicação médica. Cronograma do Curso de Extensão - Módulo 2: 02 de setembro de 2019 (das 9h30 às 16h30) - Módulo 3: 07 de outubro de 2019 (das 9h30 às 16h30) - Módulo 4: 04 de novembro de 2019 (das 9h30 às 16h30)