Transporte aéreo clandestino pode estar sendo facilitado com a ausência de fiscalização


28/08/2019 19:17 | CPI do Táxi Aéreo | Laysla Jacob - Fotos: Carol Jacob

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Castello Branco e Alex de Madureira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg238863.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rodrigo Gambale<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg238864.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Domingos Afonso Almeida e Delegado Olim<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg238865.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Delegado Olim preside a comissão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg238866.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dr. Jorge do Carmo e Marcos Zerbini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg238867.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> CPI - Táxi Aéreo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2019/fg238868.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os táxis aéreos passou a compreender melhor o segmento nesta quarta-feira (28/8). O diretor-geral da Associação Brasileira de Táxis Aéreos e de Manutenção de Produtos Aeronáuticos (Abtaer) veio de Brasília para explicar o que facilita o transporte aéreo clandestino.

O comandante Domingos Afonso Almeida deixou claro os riscos que os passageiros correm, como também comentou a série de fatores que torna viável que empresas irregulares trabalhem no segmento.

O representante da Abtaer começou sua apresentação falando sobre os custos para uma empresa de transporte aéreo manter-se regular. Estes gastos vão desde combustível e manutenção, até cursos para pilotos. Na sequência, também explicou todas as exigências legais para que as empresas possam estar com tudo em dia. "Embora existam muitas exigências para a operação e para a segurança, de nada adianta se não há órgãos que possam fiscalizar com atenção", disse. Assim, a facilidade em burlar requisitos acaba por facilitar a atuação irregular.

A importância da organização e fiscalização por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ficou no centro da discussão.

"Conversamos com uma pessoa que é comandante, que já foi da Aeronáutica e que está há muitos anos nesta área. A Anac multa demais, às vezes multa de menos. Fiscaliza lugar nenhum, ou somente quando é cobrada, e nunca tem nenhuma responsabilidade. Foi isso que ele deixou bem claro", disse o presidente da comissão, deputado Delegado Olim (PP).

O diretor-geral da Abtaer falou sobre a necessidade do poder público investigar o que há de errado. "O transporte aéreo pirata é um mal que atrapalha muito o nosso segmento de negócios, as nossas empresas, e principalmente a sociedade como um todo. Não adianta só a Anac na parte de fiscalização. Isso é um trabalho integrado entre diversos setores", explicou.

Olim adiantou que na próxima semana irão receber um representante da Anac, também de Brasília, para falar sobre as empresas clandestinas de transporte aéreo. "Temos uma Anac muito poderosa, mas que na verdade não fiscaliza, e não está em cima daquilo que está acontecendo agora. Temos que ir na ferida, e eu acredito que a ferida é a Anac", destaca.

O deputado Castello Branco (PSL) falou sobre o avanço da investigação. "A CPI de hoje avança mais um pouco. O comandante Afonso trouxe muitas informações relevantes de quem está dentro da problemática e apontou pontos sensíveis deste assunto. O taxi aéreo clandestino é um câncer na aviação, e o mais importante é saber o que está por trás de tudo isto", definiu.

Além dos citados, também participaram os deputados Alex de Madureira, Dr. Jorge do Carmo, Marcos Zerbini, Professor Kenny e Rodrigo Gambale.

alesp