Audiência Pública na Alesp sobre o clima antecede evento internacional


19/09/2019 15:45 | Reunião | July Stanzioni - Foto: Fernando Oliveira

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Ivanete Araujo, Chirley Pankara e Paulo Fiorilo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240144.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ivanete Araujo, Chirley Pankara, Paulo Fiorilo, Gilmar Mauro e Sabrina Fernandes	<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240143.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ivanete Araujo, Chirley Pankara, Paulo Fiorilo, Gilmar Mauro e Sabrina Fernandes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2019/fg240142.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A 1ª Greve Global pelo Clima acontece nesta sexta-feira (20/09) e promete manifestações em todo o mundo diante de um problema que vem se agravando ao longo dos anos: a degradação do meio ambiente.

Aqui no Brasil, movimentos sociais já divulgaram agenda de manifestações nas principais capitais brasileiras e, nesta quinta-feira (19/09), antecedendo o evento, aconteceu na Assembleia Legislativa uma audiência pública para discutir a crise ambiental no país.

O encontro foi presidido pelo deputado Paulo Fiorilo (PT) que pediu ao governo estadual e federal que olhem com mais cuidado para as questões climáticas e de meio ambiente. "Estamos em um momento delicado, em que o Brasil tem que enfrentar um debate que muitas vezes o governo federal quer omitir, confrontando outros países sobre o tema e não entendendo a gravidade desse momento. O debate de hoje é oportuno por isso, queremos fazer da luta popular do meio ambiente a possibilidade das pessoas entenderem urgente que, se não houver uma mudança rápida, nós viveremos situações difíceis".

Para Gilmar Mauro, coordenador nacional do MST e representante do Comitê Pró Fórum Socioambiental, o tema precisa ser discutido também com a camada jovem da sociedade. "Queremos fazer um debate em particular com a juventude brasileira. Furar a bolha. Precisamos discutir a gravidade e o problema ecológico e ambiental no Brasil e no mundo, e a juventude vem assumindo essa luta por alimentação saudável e preservação ambiental. Por isso em 2020 terá esse nosso Fórum Socioambiental, no final de janeiro, e que vai envolver o movimento popular e cientistas do mundo todo, queremos também que artistas e representantes de outros setores estejam presentes para um grande debate".

Segundo Sabrina Fernandes, socióloga, o colapso ambiental é iminente e por isso é preciso potencializar novos modos de pensar o tema. Uma das propostas da audiência pública foi a construção de uma agenda socioambiental no Estado de São Paulo.

"Em termos de emissão de gases poluentes, São Paulo é o 4º no país. A capital paulista, sozinha, se fosse um Estado seria o 8º, uma vez que é um polo industrial. Dados de 2017 do Sistema de Estimativas de Emissões e Gases de Efeito Estufa mostram que São Paulo sozinha emite 200 milhões de toneladas de gases equivalentes ao dióxido de carbono, na sequência vem a cidade de Paulínia, por causa da refinaria de petróleo local, e Cubatão, pelas indústrias. Nossa articulação tem de passar por vários municípios. Não podemos focar apenas nas grandes cidades", alertou.

Também presente no encontro, a deputada Márcia Lia (PT) fez questão de se colocar à disposição das entidades para que o debate tenha frutos efetivos. "Quero parabenizar a coalizão pelo debate sobre o clima e dizer da importância desse fórum para o país. Quero estar próxima desse evento, ajudando no que for preciso. Colocamos nosso mandato e a bancada do PT à disposição", finalizou.


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