Os serviços para garantir água potável e tratamento de esgoto apropriados à saúde pública e ao meio ambiente foram alguns dos principais pontos tratados em seminário realizado na segunda-feira (30/09) que alertou para os desafios de se tornar o serviço acessível à população brasileira. "A gente está falando de água e de tratamento de esgoto e isso tem uma interface direta com a saúde da população. A primeira coisa que se observa em um município depois que se instala o serviço de saneamento básico de qualidade é a diminuição da mortalidade infantil, um dado espantoso. A discussão na mudança do marco vai no sentido de tornar o saneamento e água uma mercadoria", disse José Antônio Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sitaema SP). O seminário também debateu o marco regulatório que pode permitir que a iniciativa privada participe dos serviços de saneamento. O deputado federal Orlando Silva (PCdoB) é contrário à legislação e considera que isso pode atingir as áreas mais pobres do Brasil. "O acesso à água e ao saneamento é a garantia de qualidade de vida para a população. Hoje há uma comissão especial que analisa um projeto de lei que procura regulamentar processos, que em nossa opinião, vão produzir a privatização do sistema de saneamento do Brasil. Privatização que seguramente vai beneficiar grandes corporações e empresas que vão se interessar para investir onde o lucro é muito grande, o que não inclui a periferia da cidade, cidades pequenas e não inclui as regiões mais pobres do país", destacou. O evento contou com o apoio da deputada Leci Brandão (PCdoB).