Um ato solene na Assembleia paulista, na terça-feira (8/10), homenageou os 70 anos de fundação da República Popular da China e comemorou os 45 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e aquele país. O intercâmbio e a cooperação econômica entre as duas nações foram lembrados na reunião. A abertura do evento foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris (PSDB). O deputado lembrou que a China é hoje a segunda maior economia do mundo e destacou a importância da relação comercial de São Paulo com países estrangeiros. "Abrimos um escritório do Investe São Paulo na China e essa relação é fundamental. Temos que transcender as barreiras comerciais e econômicas. A cultura chinesa ainda é desconhecida pelo povo brasileiro e esse conhecimento pode ser ampliado. A cônsul-geral tem feito uma difusão muito grande em nosso Estado nessa questão", declarou. Um dos objetivos do ato solene foi fortalecer essas relações com o Estado de São Paulo, informou o deputado Paulo Fiorillo, de quem partiu a iniciativa do ato solente. "Por isso nós trouxemos a cônsul-geral da China nesse evento, para que ela também pudesse estabelecer uma relação com os prefeitos dos municípios", disse. Luiz Antônio Paulino, do Instituto Confúcio, da Unesp, que tem o objetivo de divulgar a cultura e a história da China no Brasil, falou sobre o intercâmbio entre os governos. "Ao longo desse período, o Brasil vem aumentando e aprofundando essas relações não só na área econômica, mas também nas áreas cultural, acadêmica, diplomática e, sobretudo, a partir dos anos 2000, esse relacionamento com a China se aprofundou, sendo, possivelmente, a principal fonte de investimento direto estrangeiro". Parceria estratégica Em 2009, a China ultrapassou os Estados Unidos e hoje é o maior parceiro do Brasil. O comércio entre as duas potências ultrapassa 100 bilhões de dólares. "A China e o Brasil são os maiores países em desenvolvimento do hemisfério ocidental e oriental e, em parceria comercial", declarou a cônsul-geral da China em São Paulo, Chen Peijie. O agronegócio, com a exportação de soja e milho, é o propulsor dessa parceria econômica. A questão cultural também entra em cena. Em 1993 o Brasil se tornou o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer uma parceria estratégica com a China. Dezenove anos depois, em 2012, o país foi o primeiro latino-americano a ter uma parceria estratégica total com os chineses. Os investimentos da China no país estão concentrados nos setores de energia, mineração, siderurgia e petróleo. A deputada Beth Sahão (PT) também participou das comemorações da parceria Brasil-China e dos 70 anos da República Popular da China.