A Assembleia Legislativa de São Paulo recebeu nesta segunda-feira (14/10) o lançamento da Rede Patrimônio Cultural Paulista, em um evento no auditório Franco Montoro, de iniciativa do deputado Carlos Giannazi (PSOL). A rede conta com diversos órgãos e entidades que atuam na valorização e preservação do patrimônio cultural, organizada pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), que iniciou suas atividades no Brasil em 2014 e foi organizado para atuar em São Paulo, em maio deste ano. De acordo com Vanessa Bello, coordenadora do Icomos-SP, a falta de investimento é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas entidades que cuidam do patrimônio do país. Em São Paulo são cerca de R$ 180 mil para administrar mais de 2 mil bens. "Criar um sistema estadual é muito importante, para que os órgãos atuem em conjunto e não paralelamente. Com pouco dinheiro, como que os técnicos vão fazer a gestão disso? Preservar, restaurar e manter este patrimônio já tombado é muito complicado", disse Vanessa. A coordenadora ainda detalha quais são os patrimônios administrados pelos órgãos juntamente com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (Condephaat). "Além de bens edificados, prédios e monumentos, o Condephaat também trabalha com patrimônio imaterial, que são as celebrações, as danças, como a capoeira; até o virado paulista e outras festas também fazem parte", completou. Para Giannazi, que propôs o debate na Casa, é preciso defender o patrimônio cultural, artístico e turístico do Estado. "São Paulo tem uma diversidade imensa, mas que não é preservada e é atacada constantemente tanto pelo poder público e pela especulação imobiliária".