Hoje com 19 anos de idade, Catarina de Oliveira nasceu com paralisia cerebral. Desde os dois anos frequenta a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Lá ela fez capoeira, artes e natação, além de nado sincronizado. "Depois que passei para o centro olímpico, na AACD, minha vida mudou completamente. Eu não tinha segurança, pois ninguém era meu amigo. Com a ajuda da AACD consegui ter mais segurança em mim mesma", afirmou Catarina antes de participar de uma roda de capoeira no Plenário Juscelino Kubitschek da Alesp durante solenidade em homenagem à instituição. "O pessoal da capoeira é muito importante para mim. Cada um tem seu jeitinho. Não importa se a pessoa é cadeirante, se não dá para entender o que fala. São todos meus amigos". A mãe de Catarina, Aurineide de Oliveira, comentou que a AACD não apenas cuida do deficiente, mas também de seus familiares. "Não é fácil receber a notícia de que você tem um filho com deficiência. E lá tem essa parte psicológica para os pais. Há cursos que nos ajudam a lidar com isso", comentou. Na roda de capoeira estavam mãe e filha, pois a capoeira é vista pela AACD como uma forma de inclusão familiar e social. A ideia de homenagear a instituição partiu dos deputados Adalberto Freitas (PSL) e Castello Branco (PSL). "É uma instituição que presta um serviço inestimável à sociedade. Costumo dizer que eles fazem o que ninguém quer fazer, compram brigas que ninguém quer comprar", disse Castello Branco. "Não dá para imaginar o Brasil sem a AACD. São milhares de atendimentos, muitas especialidades, é um trabalho complexo e que exige muito amor pelo que fazem", completou. Para Adalberto Freitas, a solenidade é o reconhecimento a uma entidade que há anos presta um serviço essencial. "Quando pensamos em alguma criança com deficiência, sabemos que tem uma entidade séria para cuidar dela", declarou. Além do tratamento médico, a AACD tem ações visando à inclusão social. "Não só tratamento médico e terapêutico, mas a pessoa com deficiência acaba tendo uma visibilidade diferente na sociedade. A AACD se preocupa muito com a inclusão da pessoa com deficiência física", enfatizou Valdesir Galvan, superintendente geral da AACD. A AACD foi criada em 1950 por Renato Costa Bonfim. Realiza 800 mil atendimentos por ano em suas nove unidades espalhadas pelo País. No hospital ortopédico, em São Paulo, faz em torno de sete mil cirurgias por ano. Suas cinco oficinas ortopédicas entregam 60 mil produtos ortopédicos, como cadeiras de rodas e próteses para pessoas com deficiência. Além dos citados, estavam presentes os deputados Altair Moraes, Coronel Nishikawa e Tenente Nascimento