Nesta sexta-feira (3/7), o diretor-presidente da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), Helio Luiz Castro, participou da reunião da Comissão de Infraestrutura (CI) da Alesp para tratar de assuntos pertinentes à autarquia e dar explicações sobre suas atividades frente ao cargo. No encontro, conduzido pelo presidente da comissão, deputado Luiz Fernando T. Ferreira (PT), Helio Castro citou medidas utilizadas para otimizar o trabalho da Arsesp, como a implantação de uma cultura de planejamento e gestão, o desenvolvimento de um sistema para transformar dados em informações e a integração entre as diretorias da agência. Dados apresentados pelo diretor-presidente, mostram que, entre 2018 e 2020, a Arsesp abriu 734 processos para a fiscalização da distribuição de gás canalizado, considerando qualidade no atendimento comercial, do produto e do serviço, além da segurança no fornecimento e outras obrigações contratuais. Foram 326 fiscalizações referentes ao saneamento básico. Além de Luiz Fernando T. Ferreira, os parlamentares Coronel Nishikawa (PSL) e Thiago Auricchio (PL) pediram explicações sobre o aumento nas tarifas de energia durante a pandemia já que, na impossibilidade de executar a leitura presencial, a distribuidora passou a considerar a média de consumo. Para Auricchio, a nova forma de cobrança prejudicou principalmente os comércios que não consumiram o serviço por estarem fechados. Queda de energia Presente no encontro, o diretor de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Energia da Arsesp, Marcos Roberto Lopomo, afirmou que medidas fiscalizatórias estão sendo tomadas e que a autarquia acompanha os planos executados pelas concessionárias de energia no período da pandemia, verifica os indicadores relacionados a essas ações e envia relatórios para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A constante falta de energia em algumas regiões do Estado também gerou questionamentos aos diretores. "Recentemente houve um maior investimento da Enel aqui no ABC, sobretudo em São Bernardo e Diadema, mas é fato que o serviço sempre foi muito ruim", lamentou Luiz Fernando T. Ferreira. Lopomo explanou que investimentos recentes tendem a surtir efeito a médio prazo. De acordo com ele, a autarquia tem desenvolvido "um trabalho para conseguir enxergar os indicadores por municípios", e não mais por região elétrica, o que ajudaria na solução dos problemas por local afetado. Além dos já citados, participaram da oitiva as deputadas e os deputados Dra. Damaris Moura, Castello Branco e Mauro Bragato. Os integrantes da diretoria colegiada da Arsesp Paula Fernandes da Rocha Campos e Marcus Vinicius Vaz Bonini também estiveram presentes.