Faleceu neste domingo o prefeito da cidade de São Paulo e ex-deputado estadual Bruno Covas. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde o dia 2 de maio para tratamento contra o câncer.

Em nota à Imprensa, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em nome dos seus deputados e colaboradores, expressou condolências aos familiares e amigos de Bruno Covas. "Covas será sempre lembrado por sua força na luta pela vida, pela seriedade e serenidade que conduziu toda a sua vida pública e, principalmente, pelo trabalho em prol do povo de São Paulo."

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Carlão Pignatari, lamentou a morte do prefeito e ex-deputado.

"Bruno sempre foi um homem íntegro, de diálogo, e lutou pelas grandes causas do nosso Estado, seja como deputado estadual e federal, secretário de Estado e agora como prefeito da capital. Que a sua brava luta pela vida seja inspiração para todos nós. Força à família nesse momento tão difícil", disse.

Biografia

Advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco e economista pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Bruno Covas é natural de Santos e neto do ex-governador paulista Mário Covas. Durante sua carreira política, foi presidente estadual e nacional da juventude do PSDB e ocupou cargos na Executiva Estadual do partido no Estado.

Em 2006, foi eleito deputado estadual com o voto de 122.312 paulistas. Em 2010, candidatou-se à reeleição e foi o mais votado do Estado, sendo escolhido por 239.150 eleitores.

Na Assembleia Legislativa, presidiu a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento e foi autor ou coautor de 100 propostas, dentre projetos de lei e propostas de emenda à Constituição, como a que proíbe a paralisação de obras e programas em mudanças de gestão.

Desse total, 38 projetos foram aprovados pela Assembleia Legislativa e sancionados pelo governador. Bruno Covas é autor da Lei 15.667/2015, que regulamenta a criação, organização e atuação dos grêmios estudantis nas escolas públicas e privadas de todo o Estado.

Também leva o seu nome a Lei 15.552/2014, que proibiu a revista íntima dos visitantes nos estabelecimentos prisionais paulistas. Como deputado, relatou o projeto que criou o programa Nota Fiscal Paulista, que devolve imposto diretamente para o cidadão. Em 2010, foi considerado pelo Movimento Voto Consciente o deputado mais atuante do Estado.

Bruno Covas também foi membro da Comissão de Direitos Humanos e da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor. Em 2011, assumiu a Secretaria do meio Ambiente do governo de Geraldo Alckmin.

No novo cargo, buscou garantir preservação ambiental e crescimento sustentável, por meio de ações como a revisão da legislação estadual aplicável ao tema, a redução de mais da metade das resoluções voltadas ao meio ambiente e a criação de unidades de conservação, além do aumento no número de áreas verdes e a implantação dos novos padrões de qualidade do ar.

Ao longo da sua gestão, São Paulo deu início aos testes para limpeza do Rio Pinheiros e implantou o Cadastro Ambiental Rural.

No ano de 2014, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados, tomando posse em fevereiro do ano seguinte. Bruno Covas renunciaria ao cargo em janeiro de 2016 para assumir o posto de vice-prefeito da capital paulista, eleito em primeiro turno na chapa com o atual governador João Doria.