Parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo usaram a Tribuna Virtual desta terça-feira (18/5) para denunciar questões nas áreas de meio ambiente, educacional e de saúde. A atividade é transmitida diariamente pela Rede Alesp, a partir das 13h, em razão das medidas de restrição e distanciamento adotadas por causa da pandemia da Covid-19. O deputado Carlos Giannazi (PSOL) afirmou que já solicitou a convocação do secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido; do diretor do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Antonio Claret de Oliviera; e do diretor da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), Milton Roberto Persoli, para esclarecimentos sobre a saída da Associação Mata Ciliar de uma área no aeroporto de Jundiaí. O aeroporto era estadual e foi entregue à iniciativa privada, para o consórcio de empresas Voa São Paulo. A ONG cuida de animais em extinção e em processo de reabilitação. Foi a primeira instituição latino-americana a conseguir o nascimento de um animal selvagem de proveta. "A associação está sendo pressionada a retirar em 48 horas os animais silvestres que estão amparados, que são cuidados pela ONG, que faz um trabalho excepcional em defesa do meio ambiente", disse o deputado. O parlamentar comentou que estão sob os cuidados da ONG animais como jaguatiricas, lobos guarás e onças pardas. Giannazi prosseguiu manifestando apoio à greve dos professores da rede municipal de ensino de São Paulo. Parte dos professores está em greve desde fevereiro contra o retorno das aulas presenciais durante a pandemia. "Não há necessidade de abertura de escolas. Aumentou a percentagem de ocupação dos leitos de UTIs no Estado de São Paulo, de 79 para 85%. Vem aí a terceira onda", afirmou Giannazi. Já a deputada Janaina Paschoal (PSL) afirmou ter recebido mensagens de mães relatando dificuldades por conta da greve. "Mãe de crianças pequenas está agoniada pois a criança não está sendo alfabetizada. A escola está aberta, porém os professores estão em greve", comentou. A parlamentar manifestou apoio ao Projeto de Lei 5529/20, em tramitação no Congresso Nacional, que transforma educação em serviço essencial. "Não só garante que as crianças tenham educação, mas também garante, tal qual ocorre em outras áreas, que os trabalhadores da educação tenham maiores restrições para fazer greve. As greves, em regra, são abusivas", disse. Outro assunto comentado pela deputada foi a lei aprovada na cidade de Avaré que determina o uso de pulseiras de identificação por pessoas contaminadas pelo coronavírus. "As marcações remontam um período muito triste da nossa história, de totalitarismo, de exclusão. Então queria pedir às autoridades de Avaré que reflitam se é o caso de adotarmos essa medida tão extrema. Todo tipo de marcação gera discriminação e pode gerar reações até violentas", declarou. Outras cidades aprovaram legislação semelhante, como Nova Granada, Paulo de Faria, Valentim Gentil e Tabapuã, no interior do Estado. Confira a Tribuna Virtual na íntegra: