O Dia de Apoio ao Portador de Esclerose Múltipla é celebrado nesta segunda-feira (30/8) desde 2019, a partir da Lei 17.106/2019, de autoria do deputado Afonso Lobato (PV). O dia estadual tem o objetivo de dar uma maior visibilidade para a doença e informar a população para a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado. A esclerose múltipla é uma doença que alcança o sistema nervoso central e a medula espinhal. Além disso, ela é uma doença rara e autoimune, isto é, os anticorpos produzidos atacam os tecidos do corpo, quando seu corpo ataca a si mesmo. Esta doença atinge cerca de 2,3 milhões de pessoas ao redor do mundo, e no Brasil cerca de 40 mil. Ela atinge mais mulheres do que homens, com uma proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado. Além disso, a idade em que a doença pode começar a se manifestar é de 20 a 40 anos. Existem quatro tipos de esclerose múltipla, são elas: esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR), a qual é caracterizada por períodos de melhora e piora; esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP), no qual as pessoas não se recuperam totalmente das crises; esclerose múltipla primária progressiva (EMPP), em que há uma piora gradativa das crises; e esclerose múltipla progressiva com surtos (EMPS), em que a doença age de forma mais rápida e agressiva. O deputado Afonso Lobato comentou sobre a importância da conscientização da doença. "Quando eu fui procurado por pessoas pedindo que nós entrássemos com essa proposta de lei, foi exatamente por conta dessa dor, desse sofrimento, que não somente carrega o paciente, mas também todos os seus familiares. Por isso é um dia de conscientização e de tomarmos cada vez mais ciência de que esse problema existe, embora silencioso. Uma grande parcela da população sofre com essa doença, principalmente mulheres jovens" afirmou. De acordo com a pesquisa realizada em 2019 pelo Centro de Inovação SESI Higiene Ocupacional, 40% das pessoas com esclerose múltipla não trabalhavam. Além disso, foram concedidos 7.300 benefícios para pessoas com esclerose múltipla no País, sendo que 1.860 foram por invalidez. E 3 em cada 4 dessas pessoas se aposentaram antes dos 50 anos. Diagnóstico Os sinais de esclerose múltipla variam de acordo com o estágio que a doença se encontra, entretanto ter um ou mais dos sintomas não significa que seja esclerose múltipla, por isso é importante consultar um médico para um diagnóstico correto. Os sintomas mais frequentes são: fadiga (o qual pode prejudicar a qualidade de vida), dor, dificuldade em se concentrar, problemas cognitivos, dificuldade em andar, desequilíbrio e problemas sexuais. O diagnóstico é feito por uma avaliação clínica em que o médico avalia os estímulos do sistema nervoso, ou por uma ressonância magnética, o qual mostra zonas de desmielinização no cérebro e na medula espinhal, provocado pelo ataque do sistema imunológico.