Ato solene debate projeto que permite adesão de instituições privadas a centros de educação públicos
26/10/2021 10:41 | Ato solene | Daniele Oliveira - Foto: Reprodução Rede Alesp





Ato solene realizado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta segunda-feira (25/10) debateu o projeto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico que permite a adesão de instituições privadas a centros de educação públicos, como o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), ligado à USP (Universidade de São Paulo).
O projeto Citi (Centro Internacional de Tecnologia e Inovação) foi implantado pelo governo paulista em 2019 e já tem diversas empresas parceiras instaladas no campus do IPT, como a GranBio, empresa de biotecnologia brasileira, e as multinacionais Siemens, Siemens Energy, Kimberly Clark e 3M. A intenção é tornar o local o maior polo de produção tecnológica da América Latina.
Giannazi abordou a instalação da Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança) no local. O instituto é uma faculdade fundada por sócios do banco BTG Pactual. Estima-se que o investimento inicial no campus será de R$ 40 milhões de reais, com construção de prédios modernos e quatro cursos com início previsto para 2022: engenharia da computação, engenharia de software, ciência da computação e sistemas de informação.
O deputado criticou a iniciativa do governo estadual. Para ele, o modelo esvazia o investimento público em pesquisa e ciência. "Infelizmente é algo que vem acontecendo no Brasil e em vários estados, sobretudo em São Paulo", disse Carlos Giannazi.
O deputado afirmou que vai elaborar um requerimento para convocar representantes do banco BTG Pactual e da direção do IPT para participarem de uma reunião com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Alesp. O objetivo do encontro é discutir a colaboração entre ambos e identificar soluções para os profissionais e pesquisadores que atuam na instituição e são contra a parceria.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq) e pesquisadora do IPT, Priscila Leal, afirmou que a diminuição da verba orçamentária para pesquisas nos últimos anos é evidente e tende a ser proposital. "A gente percebe que a execução, ou seja, o gasto sempre foi menor, como se fosse parte de uma estratégia de precarização e sucateamento do próprio instituto."
A presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), a professora Michele Schultz Ramos, falou sobre a queda do quadro de docentes na USP desde 2014 e a contratação de professores temporários. Ela disse ainda que recentemente foi criado um projeto para a contratação de pós-doutores sem direitos trabalhistas.
"O que garante a qualidade do ensino é essa conversa com a sociedade através da extensão e da pesquisa, que garante que as universidades públicas tenham ensino de qualidade. [O ensino nas universidades] está sob risco agora por conta das políticas que estão sendo adotadas, não só nos institutos ligados ao governo do Estado, como também nas universidades que são dotadas de autonomia, mas estão rendidas aos governantes de plantão", disse.
O IPT é um órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico estadual e foi criado em 1899 como Departamento de Materiais da Escola Politécnica da USP.
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