Ato solene na Alesp celebra 49° aniversário da Revolução dos Cravos

Evento recordou o levante militar e popular que encerrou a ditadura salazarista em Portugal
26/04/2023 18:38 | Ato Solene | João Pedro Barreto, sob supervisão de Cléber Gonçalves | Foto: Larissa Navarro

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Ato solene em homenagem à Revolução dos Cravos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2023/fg299461.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ato solene em homenagem à Revolução dos Cravos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2023/fg299462.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Ato solene em homenagem à Revolução dos Cravos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2023/fg299463.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na noite desta terça-feira (25), um ato solene que celebrou o 49° aniversário da Revolução dos Cravos, em Portugal. O evento reuniu parlamentares, autoridades nacionais e internacionais, membros da comunidade luso-brasileira e ativistas para recordar o acontecimento histórico.

A Revolução dos Cravos foi um levante militar e popular ocorrido no dia 25 de abril de 1974 em Portugal, que pôs fim à ditadura de Antônio Salazar no país, após mais de 40 anos. O fim do regime desencadeou o início do processo de independência das colônias portuguesas na África que ainda viviam sob controle do país, como Angola e Moçambique.

O evento foi convocado e comandado pelo deputado Paulo Fiorilo (PT), que abriu o evento reforçando seu compromisso com a data, na qual realiza celebrações há dez anos, e com os ?ideais de abril?, que, segundo ele, são ideais de um mundo justo, solidário, humanizado e sustentável. "A Revolução dos Cravos representou a liberdade e a democracia para os nossos irmãos portugueses e serviu de exemplo e inspiração para os brasileiros que aqui também lutavam pelo fim da ditadura militar e pela redemocratização do Brasil", relembrou Fiorilo.

Além dele, estiveram presentes na solenidade os parlamentares Donato (PT), Paula da Bancada Feminista (PSOL), Maria Lúcia Amary (PSDB), Simão Pedro (PT), Beth Sahão (PT), Professora Bebel (PT) e Guilherme Cortez (PSOL). Também discursaram durante o encontro o cônsul-geral de Portugal em São Paulo, António Pedro Rodrigues da Silva; a cônsul-geral da Angola em São Paulo, Stela Maria da Graça Santana e Sousa Santiago; o embaixador Affonso Massot, secretário executivo de Relações Internacionais do Estado de São Paulo; Renato Afonso Gonçalves, presidente em Exercício da Casa Portugal; José Antônio da Costa Fernandes, diretor do Centro Cultural 25 de Abril; Dra. Maria Olívia Pinto Esteves Alves, desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo e secretária da Casa de Portugal.

Representantes internacionais

O cônsul-geral de Portugal em São Paulo, António Pedro Rodrigues da Silva, contou como ele, que tinha 8 anos na época, viveu e enxergou aquele momento histórico. "Lembro do dia 1° de maio [dia do trabalhador] seguinte à Revolução. Lembro de ver um povo inteiro na rua, foram todas as famílias, tratos sociais e gerações. Milhões e milhões de portugueses que soltaram um grito incontido de liberdade finalmente realcançada", relembrou.

António ainda ressaltou que os ideais daquele dia seguem sendo muito relevantes nos dias de hoje e agradeceu a oportunidade de, nas comemorações anuais da data, poder reencontrar os irmãos lusófonos de Portugal.

Stela Maria da Graça Santana e Souza Santiago, cônsul-geral da Angola em São Paulo, também agradeceu a oportunidade de estar presente na solenidade e representar todas as nações africanas que conseguiram sua independência de Portugal a partir da Revolução dos Cravos. "A data que hoje se comemora representa um grandioso ponto de inflexão para a democracia portuguesa e um fato histórico decisivo para autodeterminação do povo angolano. Podemos, hoje, afirmar que a Revolução dos Cravos deu seus frutos e ajudou a tornar a convivência no espaço lusófono mais pacífica, justa e igualitária", disse a autoridade.


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