6ª edição do Prêmio Alasé celebra a liberdade e diversidade religiosa
07/06/2024 16:11 | Premiação | Gustavo Oreb Martins - Fotos: Larissa Navarro





A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo recebeu, na noite da última quinta-feira (6), a 6ª edição do Prêmio Alasé - Templo dos Orishás. Criada em 2017, a cerimônia busca fortalecer ações de valorização cultural, protagonismo, manutenção das tradições e proteção da religiosidade dos grupos de matrizes africanas.
Um dos homenageados e solicitante da ocasião no Parlamento, o deputado Teonilio Barba (PT), classificou a premiação como um marco importante para estabelecer a natureza dos ritos africanos como parte essencial da cultura brasileira. "A grande missão aqui é ressaltar que os povos de matriz africana estão entre nós. Não somente no combate à intolerância religiosa, mas também para exigir respeito a todas as crenças de forma igualitária no nosso estado e em todo o País", afirmou o parlamentar.
Tradição
A realização do evento não serve apenas para contemplar pessoas de origem africana, mas todas aquelas que contribuam para espalhar seus ideais, segundo o presidente da Alasé e idealizador da celebração, Baba Eddy. "A condecoração é destinada às pessoas que se preocupam com a felicidade do próximo, com o crescimento da sociedade a partir da cultura e das tradições", destacou ele. "Respeito, igualdade e liberdade são os princípios que apreciamos, independentemente do local de nascimento ou cor da pele. Quase nenhuma pessoa homenageada aqui é conhecida [famosa], mas nós avaliamos o trabalho social que cada um fez, e, por merecimento, ganha nosso reconhecimento", complementou o líder religioso.
Já a CEO da instituição Ifatópé, uma das parceiras na organização do prêmio, Adriana Zabayomi reforçou a luta por reconhecimento dos grupos afrodescendentes. "A origem do Templo é a Nigéria, mas a ideia é enaltecer toda a comunidade de religiões de matriz africana. Isso porque, mesmo com uma grande quantidade de pessoas que pertencem a esses grupos, ainda existe muita perseguição e julgamento social", apontou.
"Trazer esse evento para a Alesp tem uma representatividade enorme, porque mostra a legitimidade de um movimento que busca cada vez mais políticas públicas e atividades culturais para mostrar seu valor. Afinal, vivemos em um estado laico, mas que ainda precisa percorrer uma longa trilha até, de fato, conseguir contemplar todos os ritos e tradições que compõem o universo da sociedade brasileira", pontuou Adriana.
Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:
Mais imagens do evento: https://www.flickr.com/photos/assembleiasp/albums/72177720317709409
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