'Tesouro verde' e pulmão da Capital paulista, Parque Ibirapuera completa 70 anos

Vizinha da Alesp e referência de qualidade de vida, área foi inaugurada em 21 de agosto de 1954; servidores da Casa fazem do local o seu destino preferido para a prática de esportes e lazer
21/08/2024 17:27 | Patrimônio | Fábio Gallacci - Fotos: Rodrigo Costa e Rodrigo Romeo

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Parque Ibirapuera: referência de lazer na Capital<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg332859.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parque Ibirapuera: convite à prática esportiva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg332860.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parque Ibirapuera: espaço de interação<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg332861.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parque Ibirapuera: contato com a natureza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg332862.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obelisco: parque também tem muita história<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg332863.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Infográfico - Arte/Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2024/fg332880.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O maior "tesouro verde" da Capital paulista completa 70 anos hoje. Mais do que um parque, o Ibirapuera faz parte da alma da maior cidade da América do Sul e de todos os 14 milhões de frequentadores que aproveitaram sua beleza e alternativas de cultura e lazer até agora. Inaugurado em 21 de agosto de 1954, esse patrimônio brasileiro surgiu em homenagem aos 400 anos da cidade que o abriga e fica ao lado da sede da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Assim, por ele estar a apenas alguns passos de distância, muitos servidores da Alesp aproveitam o espaço em busca de saúde e bem-estar.

"Para mim, o Ibirapuera representa um alívio no cotidiano da metrópole. Rotina, trânsito e exercícios em academias fechadas fazem parte do nosso dia a dia, mas estar no parque é como tomar um ar especial para energizar a semana. Já fui em vários eventos lá, com a Bienal de arte, exposições na Oca e o Natal, que foi marcante", conta Renata Teixeira Gomes, analista legislativo do Parlamento Paulista.

Natural do Paraná, Renata realmente fez do Ibirapuera o seu destino em diversos momentos de lazer. "Acho que, mais que manter a saúde e bem-estar físicos, o parque ajuda na saúde mental mesmo. Você relaxa, vê gente, se diverte, toma um sorvete, come uma pipoca, lê um livro, anda de bike. Enfim, para espairecer é ótimo", comenta.

Local "sagrado"

Já para o técnico legislativo Denis Hoshikawa, o parque é uma extensão de sua casa. "Ele está inserido na minha rotina diária. Costumo frequentar o parque de segunda a sexta-feira após encerrar o expediente no trabalho. Gosto de andar de skate ou de bike nas ciclovias. Aguardo com muita ansiedade a reabertura da marquise, que é um local sagrado para os skatistas e patinadores da cidade de São Paulo", diz ele, na expectativa de ampliar suas atividades ali.

Caprichando nas manobras, Hoshikawa faz uma verdadeira reverência à área verde, deixando claro que o Ibirapuera tem força até em suas tomadas de decisões. "Nenhum outro parque que frequentei pelo Brasil possui as características do Parque Ibirapuera: lagos, postes de iluminação em todo o trajeto, ciclovias com superfície lisa e trechos arborizados. Não consigo imaginar a minha vida sem poder frequentá-lo. Sem dúvida, este seria um fator de peso caso eu decidisse aceitar uma proposta de emprego em outra cidade", confirma ele.

Natureza

O assessor parlamentar e jornalista Venceslau Borlina frequenta a área verde há uma década, desde o momento em que decidiu morar na Capital. "O que mais gosto é do contato com a natureza. Pra mim, que sou do Interior do Estado, é fundamental ter um espaço como o Ibirapuera, cheio de árvores frondosas e vegetação diversa. Além disso, tem também a prática de esportes. As noites de Verão são ideais para jogar vôlei ou basquete. Já quando está mais frio, prefiro praticar corrida ou caminhada. É muito bom", afirma ele, que é nascido no município paulista de Valentim Gentil, a 560 quilômetros de São Paulo.

Borlina costuma ir sozinho ao parque para praticar esportes, mas já foi com amigos a exposições na Oca e também no restaurante Selvagem, que oferece culinária e drinks exóticos, que agradam ao seu paladar. "Após o fim das restrições da pandemia da Covid-19, foi um dos primeiros lugares que fui com os amigos. E foi incrível", lembra, com carinho pelo espaço.

Origem

Na época da colonização, a então comunidade indígena deu lugar a chácaras e pastagens, usadas pelas boiadas que se dirigiam ao Matadouro Municipal, no bairro de Vila Mariana. A ideia de transformar a região em parque surgiu ainda na década de 1920.

Como o terreno era alagadiço, um funcionário da Prefeitura da Capital, conhecido como Manequinho Lopes, plantou, em 1927, centenas de eucaliptos australianos para drenar o terreno, e também diversas mudas de plantas para serem usadas para a ornamentação da cidade. Essa foi a origem do que viria a ser o sempre majestoso, receptivo e simbólico Parque Ibirapuera.

Assista à cobertura especial feita pela TV Alesp:

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