30 anos de excelência em formação na Saúde: o legado da Famema e da Famerp

Em 1994, Alesp deu passo inicial para a estadualização das faculdades, contribuindo, além da Saúde, com o progresso científico de São Paulo; Leis estaduais aumentaram destinação de recursos para as instituições
01/10/2024 13:12 | Progresso | Gabriel Sanches - Fotos: Divulgação

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Famerp: atendimento de qualidade<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2024/fg336000.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Famema: tradição<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2024/fg335999.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dr. Valdeir Fagundes de Queiroz - Famema<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2024/fg336001.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luísa Nogueira - Estudante de medicina<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2024/fg336002.jpeg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em setembro de 1994, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo dava um importante passo para a ampliação do ensino superior em Saúde com a promulgação de duas leis históricas. São elas, as Leis nº 8.898/94 e 8.999/94, que incluíram no Sistema Estadual de Ensino a Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), respectivamente.

Na época, as duas instituições viraram autarquias especiais do estado de São Paulo, ligadas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Elas já existiam como "institutos isolados" e prestavam serviços no interior paulista desde a década de 1960.

A Famema era administrada pela Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília (Fumes), ligada à prefeitura da cidade. Já a Famerp funcionava como entidade privada em Rio Preto. A estadualização das faculdades teve o objetivo de aumentar a destinação de recursos, potencializando os serviços médicos já prestados pelas instituições.

"Fica evidente a necessidade de ampliação do número e da qualidade dos serviços dessa instituição, que poderá concretizar-se com a sua estadualização", ressaltava o ex-deputado Dalla Pria, responsável pela relatoria de uma das propostas na Comissão de Educação da Casa em 1994. Trinta anos depois, o processo consolidou as duas instituições como referências nacionais na formação de médicos e no desenvolvimento de pesquisas que beneficiam a Saúde Pública.

Modelo

Tanto a Faculdade de Medicina de Marília quanto a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto se tornaram modelos de formação e atendimento à população. Com quase 60 anos de atuação, ambas já formaram milhares de médicos e enfermeiros que foram essenciais no atendimento da população paulista, principalmente no interior.

A Famema surgiu com o propósito de atender à crescente demanda por profissionais da Saúde na região, e já formou 3.912 médicos e 1.291 enfermeiros. Além da graduação, em Marília são oferecidos cursos de mestrado, 30 diferentes cursos lato sensu, além do Programa de Residência Multiprofissional nas áreas de urgência, saúde coletiva, saúde da família, entre outros.

Já em Rio Preto, a Famerp se destaca, além do curso de Medicina, na formação e pesquisa em áreas como biomedicina e enfermagem. Atualmente, a faculdade conta com 61 programas de residência médica e 26 de aprimoramento, além de cursos de especialização e de pós-graduação em Ciências da Saúde e Enfermagem.

Bolsa

Em 2022, os parlamentares da Alesp aprovaram a Lei 17.610/2022, que tornou definitiva a oferta de bolsas de estudo para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica na Famema. O benefício havia sido concedido anteriormente pela Lei 17.462/2021, e acabaria no ano de 2022, até que foi alterado pela Casa.

Hoje, quase 2 anos depois da aprovação, os estudantes renovam suas bolsas a cada ano letivo através de um processo seletivo. A política permite que alunos economicamente vulneráveis ingressem no ensino superior com garantia de permanência até a formação.

Campo de ensino

As duas faculdades ainda possuem um papel fundamental para suas regiões: o atendimento à Saúde da população local. Além de servir como hospital escola para os estudantes da Famerp, o Hospital de Base realiza o atendimento de mais de 1,7 milhão de habitantes de mais de 100 municípios.

Em 2015, o Governo do Estado criou o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília. O centro médico atua em conjunto com a Famema servindo como hospital escola, possibilitando o treinamento prático de estudantes em cursos de graduação e pós-graduação da faculdade e oferecendo um serviço de saúde à população local.

Formação

A integração entre ensino, pesquisa e assistência à saúde é um dos pilares que sustentam a Faculdade de Medicina de Marília. A estudante Luísa Nogueira, do 3º ano de Medicina da faculdade, enfatiza a importância da iniciação científica, oportunidade de estudantes da graduação desenvolverem projetos de pesquisa, em sua formação.

"Foi uma experiência extremamente enriquecedora, tanto pela aprendizagem prática no funcionamento do laboratório quanto por ser algo que não é experienciado no dia a dia da faculdade", comenta.

Segundo Luísa, o método de ensino usado na graduação oferece uma nova perspectiva ao aprendizado. "Esse método aqui é PBL [aprendizagem baseada em problemas, na sigla em inglês], que consiste em tornar o aluno o foco do processo ensino-aprendizagem. Isso significa que, a partir de casos clínicos, grupos de alunos criam questões de aprendizagem que norteiam o estudo individual sobre um determinado assunto que é, posteriormente, discutido em grupo. Temos poucas aulas expositivas e diversos momentos de prática", explica.

alesp