Cultura Humana: historiador busca transformar memória coletiva do Guarujá pela perspectiva caiçara

Projeto da Divisão de Biblioteca e Acervo Histórico da Alesp convida autores e artistas para reflexão sobre manifestações culturais
25/08/2025 19:07 | Literatura | Matheus Batista - Fotos: Bruna Sampaio

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Cultura Humana: Guarujá Caiçara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg351506.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cia Barrê de Dança do Guarujá<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg351507.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jair Borba, gestor da Div. de Biblioteca e Acervo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg351508.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cultura Humana: autor e público<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg351509.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, por meio da Divisão de Biblioteca e Acervo Histórico, promoveu nesta segunda-feira (25) a primeira edição do projeto Cultura Humana. Com o tema "Nosso Guarujá Caiçara", o evento propôs a reflexão sobre preservação cultural e as origens do Brasil.

A partir da obra do escritor e historiador Wendel Alexsander Dalitesi Costa - que reconta a origem do município de Guarujá sob a perspectiva do povo caiçara -, foram debatidos temas como memória coletiva, apagamento de povos e o papel da mulher na construção da sociedade.

"O caiçara é um povo que passou por séculos de mudanças e continuou existindo. Gosto de valorizar a capacidade desses povos de se reinventarem e continuarem", explicou Dalitesi.

O historiador, nascido no bairro do Perequê, antiga comunidade caiçara do Guarujá, conta em seu livro a trajetória de povos originários da região que acabaram apagados da história.

"A comunidade caiçara não tinha ideia da importância cultural daquilo que carregava. Temos pessoas que estão profundamente conectadas com o meio ambiente, que conseguem extrair o necessário para a sobrevivência. Elas conhecem os ritos, entendem o habitat e desenvolvem cultura", disse o escritor.

Autodenominação

O seminário, organizado na forma de um bate-papo entre autor e público, também contou com uma apresentação artística da Companhia Barrê de Dança, também do Guarujá, que reinterpretou o livro de Wendel em uma performance.

"Esse projeto busca trazer à tona alguns aspectos da cultura de um povo ou de um grupo, trazendo elementos como visão de mundo, identidades históricas, étnicas e simbólicas", explicou o gestor da Divisão de Biblioteca e Acervo Histórico da Alesp, Jair Borba.

Com o projeto, a Alesp promove o encontro entre a população e a cultura regional através da literatura e da arte. "Trazemos mais elementos para a discussão. As vezes pensamos que a história é linear, mas na verdade ela tem muitos pontos de origem e muitas vozes. É isso que queremos demonstrar".

O livro "Nosso Guarujá Caiçara", de Wendel Dalitesi, faz parte do acervo da biblioteca da Alesp e está disponível para consulta ou empréstimo.

alesp