Avanços socioeconômicos dos municípios paulistas - indicadores sintéticos recentes (IPRS - IDM)


10/03/2021 16:55 | ILP on-line | Rafael Ferreira de Sousa e Victoria Baptista Dias Miotto

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Evento sobre  indicadores sintéticos recentes (IPRS - IDM)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/L-03-2021/fg262424.png' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Índice Paulista de Responsabilidade Pessoal, criado e fomentado há vinte anos pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e desenvolvido por meio da Fundação SEADE, foi o principal tema abordado no curso de capacitação "Avanços socioeconômicos dos municípios paulistas: indicadores sintéticos recentes (IPRS - IDM)", ministrado pela economista Paula Montagner, realizado pelo Instituto do Legislativo Paulista em parceria com a SEADE.

Por mais que o IPRS possua as mesmas diretrizes do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), eles diferem em relação ao prazo de realização de novas coletas e divulgação de dados no âmbito estadual. Enquanto o IDHM (IDH municipal) não é atualizado desde 2010, o IPRS é revisto a cada dois anos, contribuindo para a elaboração de políticas públicas que contemplem os atuais interesses da população e também como instrumento avaliativo de projetos sociais já vigentes.

Como apresentado na capacitação ministrada por Paula Montagner, o IPRS leva em consideração dados referentes à riqueza, à longevidade e à escolaridade. Em sua última publicação, o índice passou por aperfeiçoamentos e adaptações que visaram colaborar com a captação e organização dos dados oferecidos e incorporar as novas fontes de informações disponibilizadas em nível municipal.

Isto ocorreu, por exemplo, por meio da divisão dos municípios em grupos nominais que descrevem a situação social de maneira mais assertiva em comparação com os relatórios anteriores. Estes são descritos como: municípios dinâmicos, em que há geração de riqueza e bons índices de saúde e educação; municípios desiguais, nos quais há riqueza, mas os serviços de educação e saúde não cumprem sua função; municípios equitativos, ou seja, aqueles em que os indicadores de riqueza, saúde e longevidade estão equilibrados; municípios em transição, que concentram baixos indicadores econômicos e sociais no passado, mas vêm crescendo e melhorando essa condição, aproximando-se dos municípios desiguais ou equitativos; e, por fim, os municípios vulneráveis, que possuem problemas estruturais no âmbito social e econômico.

Portanto, o IPRS tem o potencial de apoiar os municípios a partir da avaliação quantitativa e, principalmente, qualitativa das condições de vida da população, visando melhorá-las. É importante ressaltar a relevância do projeto, uma vez que este mapeia o emprego da riqueza gerada por cada grupo de municípios, aferindo se está sendo efetivamente refletida no desenvolvimento social da população. Mesmo assim, a preocupação do IPRS de estar atualizado para atender às demandas sociais explicita o caráter ímpar que possui no desenvolvimento dos municípios.

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