Parlamentares que participaram nesta quinta-feira (15) da Tribuna Virtual falaram sobre o Projeto de Lei 221/2021, de autoria do Executivo, que cria o programa Bolsa do Povo. A proposta chegou à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na semana passada e está em tramitação. "Hoje [quinta-feira] tivemos uma reunião com o secretário da Casa Civil, Cauê Macris, e com a secretária de Desenvolvimento Social, Célia Parnes, para tratar do programa Bolsa do Povo. Eles foram muito transparentes ao responder que não é um novo programa, é uma denominação a um conjunto de programas sociais do governo estadual já existentes", disse a deputada Janaina Paschoal (PSL). O projeto reúne ao menos seis ações e programas assistenciais do Estado, entre eles o Bolsa Trabalho, que será criado junto com o projeto e poderá pagar de R$ 450 até um salário mínimo para pais de alunos de escolas públicas que trabalhem nas unidades ou façam ações de prevenção à Covid-19. A unificação dos programas sociais é vista de maneira favorável pela deputada Monica da Mandata Ativista (PSOL). "A organização de todos os programas já existentes formando um fundo único e um cadastro único é positiva, economiza recursos humanos", disse ela, na Tribuna Virtual. No entanto, a parlamentar criticou a contratação de pais de alunos. "Essas pessoas vão ser chamadas a sair do isolamento social para ganharem um pouco recurso em nome de colocar sua vida em risco. Isso para mim é quarteirização, é mais precarização do trabalho", disse Monica. Saúde Em seguida, o deputado Enio Tatto (PT) pediu a realização de audiência pública na Alesp para analisar alterações no atendimento de emergência de hospitais gerais estaduais. "Isso está trazendo um enorme transtorno para a população. O pronto-socorro do Hospital Geral de Itapecerica da Serra era o maior daquela região de Embu Guaçu, Itapecerica, Juquitiba e São Lourenço", disse. Desde fevereiro, a orientação do governo é que os casos de menor complexidade sejam direcionados às UPAs. "Está superlotando os outros postos de saúde dos outros municípios, que já não tinham estrutura. Hoje o Hospital Geral só atende caso de emergência se o paciente tiver numa ambulância do Samu ou se passar por um posto de saúde e o médico encaminhar para a unidade", afirmou Tatto. Ainda sobre saúde pública, o deputado Ricardo Mellão (Novo) pediu a abertura de novos leitos no Hospital Regional de Registro. "Tem um andar pronto lá, poderiam ser construídos 40 leitos para atendimento a Covid-19". A deputada Monica da Mandata Ativista lembrou também que "há pouquíssimos dias a cidade de Registro se mobilizou diante da possibilidade da falta de oxigênio às pessoas intubadas".