Na última quarta-feira (19/6), o auditório Teotônio Vilela da Alesp foi palco de discussão sobre um tema latente no Brasil: a tortura. Chamado de evento de mobilização, a conversa contou com apoio da deputada Monica da Bancada ativista. Durante o mês de junho acontece no Brasil a Jornada de Luta contra a Tortura, sendo o dia 26 de junho o Dia Internacional de Apoio às Vítimas da Tortura. De acordo com a Lei 12.847 de 2013, todos os estados devem formar seus comitês sobre o tema. Em 2018, um projeto aprovado pela Alesp criava um Comitê Paulista contra a Tortura. A medida, de autoria do ex-deputado Adriano Diogo, foi vetada pelo governador. Segundo Diogo, há possibilidade desta proposta ser aprovada em 2019. "Há uma possibilidade de o projeto voltar a ser discutido até o fim deste ano", disse esperançoso. O evento de mobilização busca sensibilizar os parlamentares desta legislatura sobre a importância da instauração do comitê no Estado de São Paulo, como um mecanismo de prevenção. Para Ruivo Lopes, articulador do movimento, é preciso repensar a questão dos comitês locais. "Além de vistoriar as unidades de prevenção de privação de liberdade, precisamos apurar denúncias de violação de direitos humanos e tortura. Esses comitês dariam apoio ao comitê nacional", avaliou. Segundo o membro da bancada ativista, Fernando Ferrari, a questão da tortura vai além da física. "Quando falamos de violação de direitos humanos também estamos falando de torturas psicológicas. Violar direitos humanos não é só tortura física, mas psicológica também".