Na sessão extraordinária realizada na madrugada desta quarta-feira, 22/12, quando o Plenário aprovou o Orçamento do Estado para 2011, as contas do governador referentes ao exercício de 2009 e o PLC 45/2010, que altera a lei das OSSs, os deputados Eli Corrêa Filho (DEM), Otoniel Lima (PRB), Jonas Donizete (PSB), Rodrigo Garcia (DEM) e Vaz de Lima (PSDB) aproveitaram a oportunidade para se despedir de seus colegas no Parlamento paulista. Eleitos deputados federais por São Paulo, os parlamentares, que assumem suas cadeiras na Câmara dos Deputados em 2 de fevereiro de 2011, agradeceram aos funcionários da Casa o apoio recebido e ressaltaram o aprendizado político conquistado com a rotina do maior Legislativo da América Latina. Eleito deputado estadual pela primeira vez em 1999, Eli Corrêa Filho disse sentir-se honrado pela oportunidade de representar São Paulo na Câmara dos Deputados e mencionou os amigos conquistados na Assembleia Legislativa. "Aqui aprendi política e tive um pouco da noção do poder deste Parlamento." Otoniel Lima também falou da experiência vivida e agradeceu o carinho com que foi recebido pelos funcionários e colegas de Parlamento. "Vou para a Câmara dos Deputados levando essa experiência, a amizade e o carinho dos senhores deputados e funcionários desta Casa." Dirigindo-se ao presidente Barros Munhoz e aos demais colegas, Jonas Donizette não só agradeceu aos colegas e funcionários, mas também se desculpou por possíveis "aborrecimentos" causados aos demais "companheiros". "Mas levo, tenham certeza, de todos vocês, as melhores recordações", afirmou. Os ex-presidentes da Casa Rodrigo Garcia e Vaz de Lima foram os últimos parlamentares a se pronunciar. Garcia, antecessor de Vaz na Presidência da Casa, ficou no Parlamento paulista por 12 anos. "Não tenho nenhuma dúvida de que foi aqui na Assembleia Legislativa que até agora vivi os momentos mais felizes da minha vida. Levo a Brasília a experiência que tive de 12 anos como deputado, levo para Brasília a experiência da convivência com os parlamentares e levo, também, a convicção de que a escola política é o Parlamento. É aqui que aprendemos a ser tolerantes, é aqui que nós aprendemos que não existem verdades absolutas e é aqui que aprendemos a conviver com o contraditório. Contraditório que nos ensina, que nos corrige e que aperfeiçoa os nossos passos nessa caminhada pública que todos nós definimos para as nossas vidas." Visivelmente emocionado, Vaz de Lima, que ocupou assento no Legislativo paulista por 16 anos, disse: "Saio desta Casa com a consciência tranquila porque dei o melhor de mim. Errei muitas vezes, falhei muitas vezes, por certo magoei algum companheiro ou companheira algumas vezes, mas tenho absoluta certeza de que fiz tudo isso pensando no bem desta Casa, que me acolheu tão bem, que me ensinou tanto e para a qual eu vivi intensamente esses 16 anos, ocupando todas as funções. "Então vivo agora um misto da saudade dos amigos que vou deixar aqui e da nostalgia deste local, que me acolheu este tempo todo." Para homenagear seus colegas, Vaz de Lima pediu para o serviço de som da Casa tocar a música "Tocando em frente", composição de Almir Sater e Renato Teixeira. "Vou tocar minha vida", encerrou. O líder do PT, Antonio Mentor, falou em nome dos deputados Vicente Cândido, Carlinhos Almeida e Vanderlei Siraque, os dois primeiros eleitos também para a Câmara dos Deputados. Mentor transmitiu o agradecimento deles à Assembleia paulista e justificou suas ausências "por compromissos já assumidos em Brasília". O presidente Barros Munhoz agradeceu a todos os deputados, principalmente pelo empenho dado por cada um para fazer o melhor em prol do Legislativo e do Estado de São Paulo. "Quero agradecer, do fundo do coração, a todos os colegas, a todos os companheiros, e desejar, sincera e emocionadamente, sucesso àqueles que vão para o Congresso Nacional. E desejar um Feliz Natal e um próspero e venturoso Ano Novo a todos os colegas, a todos os colaboradores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a todos aqueles que nos ajudaram a exercer nosso mandato", disse.