Os agentes de segurança penitenciária Willians Nogueira Benjamin e Vicente Luzan da Silva, assassinados por presos rebelados em 17 de março no Centro de Detenção de Pinheiros I, em São Paulo, serão relembrados como mártires da escalada da violência nas cadeias do Estado e deverão ter seus nomes dados a duas unidades do complexo de cadeias em que foram mortos. O deputado estadual Afanasio Jazadji (PFL) apresentou dois projetos de lei na Assembléia Legislativa paulista, já publicados no "Diário Oficial", propondo que o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros I receba o nome de Vicente Luzan da Silva, e que a unidade Pinheiros II passe a denominar-se Willians Nogueira Benjamin.

Afanasio lembra que Willians tinha 28 anos e Luzan, 31. O deputado analisa o primeiro grande motim do ano nos presídios de São Paulo e conclui: "Essas mortes poderiam ter sido evitadas, não fosse a flagrante covardia demonstrada durante todo o tempo pelas autoridades das Secretarias da Administração Penitenciária e da Segurança Pública."

Afanasio explica que "não obstante os rebelados desafiassem as autoridades, de cima dos telhados, com rostos cobertos e fortemente armados, intimidando os reféns, as equipes policiais eram contidas, covarde e criminosamente, pelos seus superiores, delegados, coronéis e secretários, a que tudo assistiam pela televisão".



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