Regiões de governo de Marília e Tupã

Audiências Públicas em Marília e Tupã
19/09/2005 16:03

Compartilhar:


Marília

As terras de excepcional qualidade da região atraíram os primeiros pioneiros. Dois desses desbravadores, Antônio Pereira da Silva e seu filho José Pereira da Silva (Pereirinha), adquiriram, em 1923, 53 alqueires de terras, os quais constituíram o "Alto Cafezal", primeiro nome dado à Marília. Bento de Abreu Sampaio Vidal, em 1926, também adquiriu uma extensa faixa de terra.

A Companhia Paulista de Estrada de Ferro chegou a Lácio; as estradas que iam sendo inauguradas no ramal eram denominadas por ordem alfabética, sendo que o próximo ramal deveria ter seu nome começado pela letra "M".

Foram propostos vários nomes, como. "Marathona", 'Mogúncio" ou "Macau"; mas Bento de Abreu não ficou satisfeito com nenhum deles. Propôs o nome Marília inspirado no livro de Thomaz Antonio Gonzaga, Marília de Dirceu. Marília chegou à categoria de município em 24 de dezembro de 1926, mas sua instalação oficial foi em 4 de abril de 1929, data em que é comemorado seu aniversário.

O município de Marília é a sede da região de governo que engloba também os municípios de Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Echaporã, Fernão, Gália, Garça, Júlio Mesquita, Lupércio, Ocauçu, Oriente, Oscar Bressane, Pompéia, Vera Cruz, Santa Lúcia, Tabatinga, Taquaritinga e Trabiju.

De acordo com dados da Fundação Seade, a população da região é de 338.191 habitantes, 0,85% da população do Estado, enquanto a área, de 5.030 km², representa 2,02% da área estadual. A taxa geométrica de crescimento populacional ao ano, entre 2000 e 2005, foi de 1,53%, abaixo da do Estado, de 1,72%, embora a mesma taxa apenas do município de Marília tenha sido de 2,05%.

As taxas de natalidade (por mil habitantes), de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) e de mortalidade geral (por mil habitantes) são todas ligeiramente superiores às do Estado: 6,58 para 6,18, 14,68 para 14,25 e 6,58 para 6,18, respectivamente. Contudo, a taxa de mortalidade por agressões (por cem mil habitantes) é bem menor do que a do Estado: 12,31 para 28,40. Destaca-se a taxa de mortalidade por acidentes de transporte (por cem mil habitantes), de 18,62, superior à do Estado, de 17,36.

A região como um todo se enquadra no grupo 3 do Índice de Responsabilidade Social, cujos municípios têm nível de riqueza baixo, mas bons indicadores nas demais dimensões (longevidade e escolaridade). Apenas os municípios de Gália e Trabiju estão no grupo 5, que enquadra os municípios mais desfavorecidos, tanto em riqueza como nos indicadores sociais. Pompéia é o único município da região no grupo 1, com nível elevado de riqueza e bons indicadores sociais.

A economia da região concentra-se no setor de serviços, tendo produzido, em 2002, R$ 1.117,40 milhões, 57,68% da produção total. A agropecuária produziu R$ 259,03 milhões e a indústria, R$ 560,67 milhões. O PIB da região é de R$ 1.976,28 milhões, 0,48% do PIB estadual, que é de R$ 438.148,30 milhões.

A região de governo de Marília investe mais em saúde, per capita, do que o Estado. Enquanto a média da região é de R$ 234,25, a do Estado é de R$ 171,41. A porcentagem de analfabetismo, porém, é maior do que a estadual: 8,65% para 6,64%.

Tupã

Fundada em 12 de outubro de 1929 por Luiz Souza Leão, Tupã localiza-se no espigão dos rios do Peixe e Feio (ou Aguapeí). Inicialmente, a região era uma densa floresta, o que fez com que a exploração da madeira se tornasse uma importante atividade. O nome Tupã (deus do Trovão ou Espírito Bom) é uma homenagem aos índios, os primeiros habitantes do local.

Em dois de outubro de 1934, o povoado foi elevado à categoria de distrito do município de Glicério. O distrito foi elevado a município em 30 de novembro de 1938, com território desmembrado dos municípios de Araçatuba, Birigui, Glicério e Marília.

Arco-Íris, Bastos, Borá, Herculândia, Iacri, João Ramalho, Parapuã, Quatá, Queiroz, Quintana e Rinópolis são os municípios da região de governo cuja sede é o município de Tupã.

A população da região é de 150.925 habitantes, aproximadamente 0,38% da população do Estado. Ocupa uma área de 4.093 km², 1,65% da área de todo o Estado, que é de 248.600 m². A taxa geométrica de crescimento populacional ao ano, de 0,66%, é bem inferior à estadual, de 1,72%.

A taxa de natalidade é de 7,06 por mil habitantes, ligeiramente superior à do Estado, enquanto que a taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos apresenta taxa significativamente superior à estadual: 17,11 para 14,25. A mortalidade geral é de 7,06 por mil habitantes, a por agressões é bem inferior à estadual " 10, por cem mil habitantes, para 28,40 do Estado; a causada por acidentes de transporte é praticamente igual: 17,34 para 17,36.

A região de governo de Tupã está no grupo 4 do IPRS, grupo que engloba os municípios que apresentam baixos níveis de riqueza e nível intermediário de longevidade e escolaridade. Quase todos os municípios da região enquadram-se neste grupo. Apenas Bastos, Borá e Queiroz estão no grupo 3, com nível de riqueza baixo mas bons indicadores sociais, e Herculândia, no 5, com índices baixos tanto em riqueza como nos indicadores sociais.

A agropecuária é a atividade que mais movimenta a economia da região: R$ 579,79 milhões, seguida pela de serviços, R$ 512,25 milhões e, bem atrás, a indústria, R$ 283,34 milhões. O PIB, em 2002, foi de R$ 1.351,64 milhões, 0,31% do PIB de todo o Estado.

Diferentemente da região de Marília, a de Tupã investe menos em saúde do que o Estado: R$ 126,20 per capita, contra R$ 171,41 do Estado. No saneamento, porém, atende, por exemplo, no esgoto sanitário, uma porcentagem maior do que a estadual: 93%, para 86% do Estado.

A taxa de analfabetismo da região, de 11,26%, é bem maior do que a do Estado, de 6,64%.

alesp