Deputado quer qualificação para caminhoneiros


30/05/2007 19:30

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Preocupado com a condição dos caminhoneiros brasileiros, o deputado e segundo vice-presidente da Assembléia Legislativa, Luís Carlos Gondim (PPS), apelou, na última terça-feira, 29/5, para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, através de uma moção, para que sejam realizados estudos a fim de contribuir para a formação desses profissionais do transporte rodoviário de cargas. A meta é proporcionar maior qualificação, compatível com as evoluções tecnológicas desse imprescindível segmento, alcançando a redução das mortes nas rodovias e a conservação da malha viária, viabilizando, desta forma, qualidade na prestação de serviços e redução no custo Brasil.

Segundo o site www.webtranspo.com.br, a profissionalização dos transportes no Brasil tem esbarrado no grave problema da falta de mão-de-obra especializada para dirigir os novos veículos pesados, máquinas cada vez mais caras e complexas em razão da tecnologia aplicada. Estimativas do setor apontam déficit de pelo menos 90 mil motoristas atualmente no mercado, 15% da frota de 600 mil unidades das transportadoras.

Para Gondim, a conseqüência é que as empresas têm perda de receita com veículos que ficam ociosos, principalmente num instante em que o setor está aquecido. Segundo Antônio Caetano Pinto, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do ABC, a falta de mão-de-obra qualificada poderá representar a médio prazo um "apagão" no setor.

Gondim teme pela situação, pois os veículos ampliaram a capacidade de transporte - rodotrens, por exemplo, atingem 73 toneladas brutas (e levam cerca de 50 toneladas de carga) -, numa malha rodoviária, na maior parte do país, obsoleta. Os veículos modernos possuem microchip e rastreadores por satélite que controlam as viagem em todo o território nacional e, em alguns casos, exige relatório diário do motorista.

Os cursos de qualificação costumam ser bancados pelas grandes empresas " a minoria, portanto " impossibilitando que a maioria composta por pequenas e médias transportadoras, frotistas entre outros, possa custear esses cursos para milhares de caminhoneiros. O departamento de recursos humanos das grandes transportadoras barra candidatos desprovidos de concentração, coordenação motora.

De acordo com o parlamentar, o Brasil vive o mesmo problema da Europa, mas por motivos diferentes. Alguns países europeus, segundo dados de montadoras, têm falta de 15% a 18% de motoristas em relação à frota, percentual próximo ao estimado para o mercado nacional.

O parlamentar avalia que, com a qualificação dos caminhoneiros, aconteçam menos acidentes e dessa forma a vida desses profissionais seja preservada.



lcgondim@al.sp.gov.br

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